Dunga tem neste domingo a sua primeira decisão desde que voltou à seleção brasileira para tentar reconstruí-la depois do vexame na Copa do Mundo. A partida contra a Venezuela, às 18h30 (de Brasília), no estádio Monumental, em Santiago, define uma vaga nas quartas de final da Copa América, no Chile. Se vencer ou empatar, o Brasil continua. Se perder, poderá voltar para casa e vai acumular o segundo fracasso retumbante em um ano. A missão é espinhosa porque a equipe não terá Neymar, suspenso por quatro jogos e fora do torneio pela expulsão contra a Colômbia. Esse é o cenário da “final” do técnico.

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A distância entre a reconstrução e a volta ao abismo é pequena porque o Grupo C se transformou no “Grupo da Morte” na Copa América. Todas as equipes estão empatadas com três pontos – Peru e Colômbia se enfrentam neste domingo mais cedo, às 16 horas, e também têm chances de classificação.

Beneficiados pela vitória do Equador sobre o México no Grupo A na sexta-feira, Brasil e Peru podem avançar com um empate, ao menos como terceiros colocados – o regulamento prevê a classificação dos dois melhores terceiros, além dos dois primeiros colocados de cada chave. Avançar como terceiro, no entanto, seria frustrante.

A equipe busca uma atuação convincente para se recuperar da derrota para a Colômbia – a primeira em 12 jogos, considerado amistosos contra equipes importantes como França e Chile – e, principalmente, para provar que não depende de Neymar.

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Para substituir o craque da companhia, Dunga fez uma escolha simples e escalou Philippe Coutinho, seu reserva natural. Foi assim no amistoso contra o México, no qual o jogador do Liverpool fez um belo gol em jogada individual. “Perdemos nosso principal jogador, mas o grupo é forte. Vamos conseguir superar a ausência do Neymar”, disse o meia.

Ele fará parceria na armação das jogadas com Robinho, que deverá estrear em sua terceira Copa América – foi vencedor em 2007 com o próprio Dunga. O jogador do Santos parece ter ganho a disputa com Douglas Costa por um lugar no time – Fred foi barrado depois de duas atuações ruins.

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O treinador conta com a experiência e o carisma de Robinho para tornar o time mais criativo e dinâmico. Quer mais jogadas pelas laterais para aproveitar a presença de área de Firmino, mantido no ataque. Também quer um time mais vibrante e que consiga se impor. Foram esses seus pedidos nos treinos.

Dunga também tomou cuidados com a bola parada – o time sofreu com isso nos jogos contra Peru e Colômbia.

A Venezuela, que já foi o saco de pancadas do continente e não assustava ninguém, agora pensa grande e fala em vencer. O time não terá o zagueiro Amorebieta, que foi expulso na derrota para o Peru. Seu substituto será o veterano Cichero.