A seleção brasileira passou com louvor em mais um teste neste sábado à noite, em Miami (Estados Unidos). Porque atropelou por 5 a 0 Honduras, rival garantido na Copa, porque Neymar aguentou bem muita porrada diante de um adversário mais disposto em agredi-lo do que jogar futebol, e porque novamente as experiências que Luiz Felipe Scolari precisava fazer deram resultado, deixando ainda mais fechado o grupo da Copa.
Quatro titulares ficaram no banco (Thiago Silva, Daniel Alves, Victor e Hulk). Dos que entraram, três marcaram gols (Bernard, Dante e Maicon, nessa ordem). Victor foi seguro e não levou gols. Willian, outro que precisava ser testado, entrou no segundo tempo e deixou o dele. Robinho mandou uma na trave e esteve no golaço de Hulk. Maxwell, no lugar do machucado Marcelo, também foi muito bem.
Na terça-feira, contra o Chile, em Toronto, pelo menos Thiago Silva, Daniel Alves e Julio Cesar devem voltar. Na frente, Willian e Robinho tendem a receber chance, para deixar ainda mais definido o grupo dos 23 que vão estar no Mundial.
O jogo
A seleção brasileira começou dominando a bola, mas murchou e levou pressão por alguns minutos. Os hispânicos que ocupavam a maior parte do estádio do Miami Dolphins (franquia do futebol americano – NFL) empurravam os hondurenhos, que jogaram como time grande por meia dúzia de minutos.
Quando a correria virou futebol, o Brasil passou a dominar, principalmente porque Paulinho estava inspirado. Aos 21, ele cruzou rasteiro, na medida para Bernard chegar escorando para o fundo das redes e abrir o placar. A pancadaria sobre Neymar já havia começado quando ele sua melhor jogada individual, aos 36, mandando forte para defesa de Valladares.
Referência do time, Neymar voltou do intervalo acompanhado de Robinho e Willian. Felipão claramente queria ver como os dois se encaixavam com o craque da equipe. Só que os hondurenhos perderam a vergonha de bater em Neymar. Deram cotovelada, solada, carrinho. O brasileiro se irritava, mas não desistia de partir para cima.
Foi coroado aos 9 minutos, numa falta que foi Robinho, e não ele, quem sofreu. Neymar levantou na área, Dante desviou de cabeça e a bola ainda desviou na zaga para enganar o goleiro e cruzar a linha do gol: Brasil 2 a 0. Aos 20, o terceiro. De Maicon para Robinho, que tocou para Paulinho concluir. O goleiro deu rebote e o lateral mesmo marcou.
Com o jogo ganho, Neymar foi poupado. E aí começou o show. Aos 24, jogada de Hulk, substituto do craque, para Willian deixar o dele. No minuto seguinte, Robinho arriscou de longe e balançou a trave. Aos 30, o gol mais bonito. Robinho tocou de calcanhar após a seleção rodar a bola e Hulk marcou.
Apesar do placar elástico, o Brasil continuou buscando o gol e criou boa chance que Paulinho desperdiçou ao tentar um toque de classe na cara do goleiro. Hulk quase fez o sexto, num chute forte, que Valladares pegou.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 5 X 0 HONDURAS
BRASIL – Victor; Maicon, David Luiz, Dante e Maxwell (Lucas Leiva); Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Ramires); Bernard (Willian), Neymar (Hulk) e Jô (Robinho). Técnico – Luiz Felipe Scolari.
HONDURAS – Valladares; Arnold Peralta, Víctor Bernárdez (Juan Pablo Montes), Maynor Figueroa e Izaguirre (Juan Carlos Garcia); Jorge Claros, Roger Espinoza (Marvin Chávez), Wilson Palacios e Oscar García (Andy Najar); Carlos Costly e Jerry Palacios (Edder Delgado). Técnico – Luis Suárez.
GOLS – Bernard, aos 21 minutos do primeiro tempo; Dante, aos 9, Maicon, aos 20, Willian, aos 24, e Hulk, aos 30 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Dave Gantar (Canadá).
CARTÕES AMARELOS – Maicon, Víctor Bernárdez, Wilson Palacios e Oscar García.
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Sun Life Stadium, em Miami (EUA).