A seleção brasileira de vôlei venceu a Itália por 3 a 1 (23/25, 27/25, 25/22 e 25/21), em 1h48, ontem, em Brasília, no encerramento da quinta rodada da Liga Mundial. Com a vitória, a equipe do técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, garantiu vaga na fase final, de 8 a 13 de julho, em Leganes e Madrid (Espanha) – independente dos jogos contra Portugal, no próximo fim de semana, em Betim, e de outros resultados.

Isso porque o Brasil ocupa a segunda colocação no Grupo B, atrás da Itália. Ambas seleções têm oito vitórias e duas derrotas, mas a Itália leva vantagem no saldo de sets. Em caso de não classificação dos espanhóis no Grupo A, a segunda pior seleção geral perde a vaga para a Espanha – sede das finais.

Se isso ocorrer, é provável que o pior segundo colocado saia do Grupo D. O Brasil só assume a liderança da chave na próxima etapa se, além do resultado, superar a Itália em pelo menos dois sets. Se o Brasil vencer por duplo 3 a 0 e a Itália perder dois sets para a Alemanha, por exemplo, os brasileiros saem líderes e pegam grupo mais fácil na finais.

Rússia (A), Bulgária (C) e República Checa (D) também estão garantidos nas finais – Espanha é a sexta seleção, que deve tirar a vaga de Grécia ou França. Polônia, Iugoslávia, Holanda, Grécia e França brigam pelas outras duas vagas.

Os jogadores do Brasil, mais tranqüilos após devolver a derrota de sábado de 3 a 0 (27/29, 23/25 e 19/25), ganharam pelo menos dois dias de folga. A reapresentação está marcada para amanhã, em Betim.

Bernardinho pensa em viajar para a Europa com antecedência de três dias para aclimatação.

Com a classificação assegurada, o Brasil poderá trabalhar os pontos fracos constatados em Brasília. Um deles é o saque, fundamento mais importante no vôlei de hoje, em que não há mais vantagem. No sábado, o time de Bernardinho cedeu 20 pontos em erros de saque para o advesrário (28, no total). Ontem, o Brasil também cometeu 20 erros de saque, porém em quatro sets.

No total, presenteou o adversário com 37 pontos. “Foram muitos erros. O jogo de hoje (ontem) foi muito parecido com os dois sets da partida de sábado. Quando vencemos o segundo set hoje, os jogadores se sentiram mais confiantes. Ainda há insegurança no grupo”, comentou Bernardinho.

Assim, o treinador quer “enfatizar” um time base visando as finais.

Fez várias experiências com os 18 inscritos. Ontem começou o jogo com André na posição de oposto (Anderson foi o titular no sábado). O atacante, que nessa Liga não havia atuado desde o início em nenhum dos jogos, sentiu-se inseguro no início mas depois fez a diferença.

Terminou a partida como o maior pontuador: 20 pontos. Zlatanov fez 14 para a Itália. “Não estou acostumado a jogar com o Ricardinho como levantador”, observa André, que jogou com Maurício no Minas Tênis Clube antes de transferir-se para o vôlei grego. “Tenho projetos para ele. É um excepcional atacante. Hoje foi bem no jogo, mas pode ir melhor. Quero que cresça em outros fundamentos como na defesa e no saque”, completou Bernardinho.

Além de André e Ricardinho, o Brasil teve Henrique, Rodrigão, Giba e Nalbert, além do líbero Escadinha. Giovane substituiu Giba no segundo set e manteve-se até o final. “Jogamos mais soltos, jogamos o nosso jogo, sem nos preocuparmos com a Itália. Acho que por isso estivemos mais seguros em quadra”, declarou Giovane, o “sétimo jogador” na definição de Bernardinho – “Se eu pudesse mudava a regra do jogo. Deixava sete na quadra só para ter o Giovane como titular”, disse o treinador.

A Itália jogou com Torre, Giani, Zlatanov, Mastrangelo, Fei e Papi. Pippi foi o líbero. Nas duas partidas, o técnico Gian Paolo Montali fez apenas uma substituição (Cernic) em apenas uma situação. Torre é o levantador reserva de Vermiglio (ficou no banco por causa de uma contusão no tornozelo) e de Meoni, que nem veio ao Brasil (contundido na coxa).

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