Inicialmente querendo terminar em quinto, o Brasil acabou lutando medalha por medalha com os Estados Unidos e terminou no terceiro lugar do quadro geral dos Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, que chegou ao fim neste domingo, em Lyon (França). No total, a delegação brasileira, de 35 atletas, conquistou 40 medalhas, sendo 16 de ouro, 10 de prata e 14 de bronze.
O resultado é expressivamente melhor do que o do Mundial de 2011, em Christchurch (Nova Zelândia), quando o Brasil ganhou 30 medalhas, sendo 12 de ouro. A liderança do quadro de medalhas foi da Rússia, com 53 medalhas (26 douradas), seguida dos EUA, com 52 (sendo 17 de ouro).
“O objetivo, realmente, era ter uma campanha superior (à de 2011). Mas, o mais importante, foi a revelação de jovens talentos, que já chegaram com boas atuações, e quantidade de atletas conseguindo medalhas. Isso mostra que estamos no caminho certo. Para começo de ciclo, é fundamental”, comentou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
Dos 35 atletas da delegação brasileira, 24 conquistaram medalhas. Além dos pódios esperados de nomes consagrados como Terezinha Guilhermina (três ouros), Alan Fonteles (três ouros) e Yohansson Nascimento (um ouro, uma prata e um bronze), talentos já consolidados renasceram, como Lucas Prado e Odair Santos, que se recuperaram de lesões e faturaram, respectivamente, duas e três medalhas de ouro. A grande revelação foi Verônica Hipólito, de apenas 17 anos. Conquistou um ouro nos 200m e uma prata nos 100m no primeiro Mundial da carreira.
“Mundial é importante, mas a maior cobrança será nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. A meta é ficar em quinto geral no atletismo, o que seria a melhor campanha da história do Brasil na modalidade”, disse Ciro Winckler, coordenador de atletismo paralímpico brasileiro. Em Londres/2012, o Brasil terminou em sétimo no atletismo.