A natação nesta segunda-feira foi recheada de medalhas para o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Destaque para a 29ª conquista nesse tipo de competição para Daniel Dias, que não sabe ainda o que é ficar em segundo lugar. E também para “a tripladinha”, batizada dessa maneira, pelos atletas do País que fizeram ouro, prata e bronze nos 50 metros livre da classe S9.

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O trio nadou na casa dos 26 segundos e terminou praticamente junto. Ruiter Gonçalves ficou em primeiro lugar com o tempo de 26s37, João Pedro Olivia foi o segundo (26s42) e Vanilton do Nascimento (26s67) fechou o pódio.

“Os caras estão falando aí que é a tripladinha brasileira”, brincou Vanilton. Ruiter e Vanilton dividiram um pódio triplo pela segunda vez na carreira. Em Toronto-2015, quem subiu ao pódio foi Matheus da Silva, que foi ouro, Vanilton, prata, e Ruiter, bronze.

Ruiter espera agora fazer pela terceira vez um pódio triplo ainda em Lima, na prova dos 100m livre. “A gente fechou o pódio, estamos muito felizes. Ontem passamos perto e hoje segunda deu certo. Compartilhar o lugar mais alto foi muito bom. Prova bem acirrada. Temos a chance agora de fazer isso na sexta-feira nos 100m”, destacou.

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No domingo, ele foi prata e Vanilton, ouro, nos 100m borboleta. Andrey Pereira ficou em quarto e perdeu a terceira posição para o argentino Amilcar Guerra. Quem garantiu o bronze nos 50m foi o novato João Pedro, de apenas 16 anos. Ele estava todo animado com a medalha no peito e o cabelo raspado.

“Sou calouro. Deixei eles rasparem porque é uma tradição na natação. Inclusive bati na porta deles para lembrar que era calouro”, disse aos risos. O responsável por deixá-lo careca foi um dos mais experientes da equipe, Phelippe Rodrigues. “É uma forma de integrar a garotada, uma brincadeira que fazemos só com aqueles que querem cortar o cabelo”, lembrou Vanilton

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IMBATÍVEL – Daniel Dias mais uma vez sobrou na disputa em Lima. Nesta segunda-feira ele garantiu o ouro nos 50m livre na classe S5. Ele fechou a prova em 33s71, na frente dos colombianos Miguel Narvaez (38s22) e de David Quintana (42s77). Mas assim como na vitória dos 50m costas no domingo, ele não conseguiu superar sua marca alcançada em Toronto-2015.

“Me senti bem, acertei a estratégia. Tenho que agora sentar com a comissão técnica e analisar o que faltou para nadar na casa dos 32s. Amanhã é meu dia de folga e vou ver o que precisa melhorar e evoluir. Esperava tempo melhor nas duas provas, mas o importante é curtir a medalha e descansar porque depois ainda tem mais.”