Alexandre Arruda/CBV |
José Roberto Guimarães conversa com Jaqueline. |
Hamamatsu – Único país que alcançou o pódio das últimas três edições da Copa do Mundo Feminina de Vôlei (medalha de prata em 1995 e 2003, e de bronze em 99), o Brasil inicia a arrancada na luta pela vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. A equipe verde-amarela estréia, às 8h35 (de Brasília), disposta a sair do Japão com um dos três lugares em jogo. O primeiro dos 11 obstáculos será a Polônia, na Hamamatsu Arena, no encerramento da rodada inicial do grupo B.
Após enfrentar a Polônia, o Brasil realizará mais dois jogos em Hamamatsu. Amanhã, às 7h05 (de Brasília), medirá forças com a seleção do Quênia. Domingo, às 4h05, fará contra as cubanas um dos clássicos mais tradicionais do voleibol mundial.
Brasil e Polônia duelam desde o campeonato mundial de 60, quando as brasileiras foram derrotadas por 3 sets 2. Desde então os times se enfrentaram mais 22 vezes e a supremacia é verde-amarela: 20 vitórias e três derrotas. Até o momento são 63 sets vencidos e 22 perdidos.
Esta será a segunda vez que brasileiras e polonesas estarão frente a frente na Copa do Mundo. A primeira foi em 2003, na cidade de Kagoshima, e o Brasil detonou: 3 sets a 0. Em 2007, as seleções jogaram uma única vez. Foi na estréia da fase final do Grand Prix, em Ningbo, na China, onde as comandadas por José Roberto Guimarães ganharam por 3 sets a 0 (25/21, 25/21 e 25/17).
O retrospecto é favorável, porém as jogadoras da seleção brasileira falam sobre as dificuldades que esperam encontrar durante a partida de estréia, diante da equipe dirigida pelo italiano Marco Bonitta.
O técnico destaca a importância do jogo de estréia. ?A seleção polonesa não é a mesma que disputou o Grand Prix. É uma partida complicada, ainda mais por ser a estréia. A Polônia está reforçada da Glinka, a principal atacante, e da Sliwa, segunda levantadora. Com a chegada destas jogadoras, a equipe ganha em experiência?, analisa Zé Roberto.
Para o treinador, as polonesas evoluíram em dois fundamentos. ?Desta forma, as adversárias aumentaram o potencial de ataque e bloqueio. Por isso, precisaremos sacar bem para colocar em prática as ações que treinamos no sistema defensivo, principalmente, na relação entre o bloqueio e a defesa?, destaca.
A líbero Fabi também elogia a equipe polonesa. ?Estréia é sempre importante e difícil. Conhecemos bem o time da Polônia. Sabemos que é perigoso e tem grandes jogadoras. A Glinka, por exemplo, é muito forte e decisiva?, diz a líbero do Brasil, elogiando a ponteira de 29 anos e 1,90m, que já atuou 165 vezes com a camisa da seleção polonesa.
Fabi falou ainda sobre a importância do período de treinamentos que a seleção brasileira realizou por uma semana na Itália, antes da chegada ao Japão no último dia 25. ?Nossa preparação na Itália foi ótima. O grupo está bem unido, treinando forte e ciente de que será uma competição difícil e bastante equilibrada. Será preciso ter muita concentração. Temos treinado forte e conversado bastante. Como é uma competição de pontos corridos, temos de estar atentas a todos os detalhes?, afirma.