O Brasil terá um adversário pouco conhecido na partida de abertura da segunda fase do Mundial de Vôlei masculino, que está sendo disputado na Argentina. A equipe do técnico Bernardinho enfrenta a República Checa hoje, às 16h10, no ginásio do Clube Atlético Unión, em Santa Fé.
O treinador quer uma nova postura da equipe nesta etapa da competição e pede atenção especial para a partida contra os checos. “Todos falaram que eles poderiam ser a surpresa do campeonato. Não fizeram uma boa campanha na primeira fase, mas ainda podem surpreender. Aos poucos, estão crescendo. A República Checa é o único adversário que não conhecemos. Na temporada passada tentamos espioná-los. Atualmente, eles estão bastante diferentes. Mudaram de técnico e alguns jogadores também são outros. O Júlio Velasco é um treinador experiente, que comandou o vôlei italiano por vários anos”, observou Bernardinho.
Ciente das falhas de sua equipe, o técnico Bernardinho quer mais motivação nesta segunda fase, quando somente duas equipes de cada grupo passam às quartas-de-final. “Chego realista à segunda fase. Sabemos que não fomos tão bem na primeira etapa. Bobeamos em alguns aspectos, como o saque e o bloqueio, e ainda temos muito que evoluir. A partir desta fase, os times começarão a mostrar com que objetivo chegaram a este Mundial. O Brasil também precisa mostrar a que veio. Precisamos ter mais motivação e determinação, o que nos faltou na primeira fase. Será uma fase muito equilibrada, na qual, qualquer deslize pode ser fatal. Não podemos bobear.”
Depois da Iugoslávia, a equipe brasileira enfrenta a França e a Holanda, times que preocupam o treinador por estarem invictos na competição.
“A França e a Holanda chegam embaladas para esta segunda fase por não terem perdido. Com certeza, estarão com a auto-estima lá em cima, o que as torna mais perigosas”, disse o técnico.
Velasco será franco-atirador
A República Checa tem em seu treinador, o argentino Julio Velasco, sua principal arma para surpreender o Brasil na estréia das duas equipes na segunda fase do Mundial de Vôlei. Bicampeão Mundial pela Itália, em 90 e 94, Velasco assumiu a equipe no início do ano com a missão de reerguer o voleibol do país. O treinador, no entanto, acredita que o Brasil seja o favorito na partida de hoje: “Estamos tranqüilos. Sabemos que o Brasil é um time muito forte. Já nós somos uma equipe pequena, se comparada ao Brasil. Chegamos a esta fase sem nada a perder”, disse o técnico.
Como República Checa, os europeus enfrentam o Brasil pela segunda vez. A primeira foi na temporada passada, no Torneio Conzorcio Metano di Vallecamonica, no qual o Brasil foi campeão.