Paris – Já na segunda rodada de Roland Garros, o tênis brasileiro encerrou sua participação na chave de simples. Flávio Saretta caiu ontem diante do italiano Filippo Volandri, após perder por 3 a 0, parciais de 6/4, 6/2 e 6/1.
O Brasil colocou quatro jogadores na chave principal, dois deles pelo ranking – Ricardo Mello e Gustavo Kuerten – e outros dois passaram o qualifying -Marcos Daniel e Saretta, único a superar a estréia.
Esta triste campanha mostra a atual situação do tênis brasileiro, que sem Guga não vê perspectivas de sonhar com bons resultados em torneios importantes como Roland Garros.
Para Saretta, porém, o torneio foi bem proveitoso. "Não saio frustrado", afirmou o tenista. "Passei pelo qualifying, venci um adversário forte na primeira rodada (ganhou de Greg Rusedski) e sei que estou voltando a jogar bem, próximo do nível em que estava, quando estive entre os 50 do mundo."
Além de os jogadores não apresentarem boas campanhas, não há também uma renovação de valores no tênis brasileiro. Por isso mesmo, o gaúcho Tomas Behrend, radicado na Alemanha, mesmo aos 30 anos, se candidata a voltar a jogar pelo Brasil. Com um ranking próximo dos 80 e em plena forma, só adverte para o fato de que a Confederação Brasileira de Tênis, caso veja interesse em tê-lo de volta e em condições de jogar a Copa Davis, teria de entrar com pedido na Federação Alemã até maio de 2006.
"Gostaria muito de voltar a jogar pelo Brasil e até defender a Copa Davis, caso o capitão brasileiro, o Fernando Meligeni, veja interesse", contou Behrend, que já defendeu a Alemanha na Davis e agora em Roland Garros também passou pelo qualifying e caiu na segunda rodada diante de Fernando Gonzalez.
Nas duplas, André Sá, ao lado do eslovaco Dominik Hrbaty, perdeu para os belgas Olivier Rochus e Xavier Malisse por 1/6, 6/2 e 6/1.