Kobe – A seleção brasileira feminina de vôlei enfrenta a Holanda na terceira rodada do campeonato mundial, disputado no Japão. A partida irá acontecer na madrugada de amanhã, na cidade de Kobe, a partir das 2h (de Brasília).
O Brasil já soma duas vitórias em dois jogos disputados no mundial. Depois de passar por Porto Rico na estréia, a seleção derrotou o Cazaquistão ontem. A vitória foi por 3 sets a 0, com parciais de 25/17, 25/13 e 25/16.
Apesar da fácil vitória, o Brasil jogou desfalcado de sua levantadora titular. Com dores na perna direita, Fofão foi poupada da partida. Mas os médicos da seleção garantem que ela não será desfalque para o restante do mundial.
?O técnico do Cazaquistão disse que tentou no primeiro set. Quando viu que não ia dar, resolveu poupar as suas jogadoras para a partida contra Porto Rico?, contou o técnico do Brasil, José Roberto Guimarães, que ficou satisfeito com o time. ?O bloqueio e o sistema defensivo foram deficientes e as falhas de contra-ataque diminuíram.?
Com isso, o Brasil está na liderança do Grupo C, ao lado dos Estados Unidos, que venceram a Holanda por 3 sets a 2 – com parciais de 25/19, 25/22, 27/29, 20/25 e 15/7. Ambas as seleções estão com quatro pontos (duas vitórias e nenhuma derrota), mas as brasileiras têm vantagem nos critérios de desempate. Na outra partida da chave, nesta quarta-feira, Porto Rico não teve trabalho para derrotar Camarões por 3 sets a 0 – parciais de 25/17, 25/23 e 25/20.
Contra a Holanda, Fofão deve jogar. ?Eu estou ótima, mas temos muitos jogos aí pela frente, não podemos correr riscos desnecessários?, explicou a jogadora, justificando sua ausência contra o Cazaquistão.
Já Zé Roberto está preocupado com a força da seleção holandesa. ?Eles trabalham com uma seleção permanente e a batalha vai ser boa, pois elas têm bom bloqueio e trabalham com bolas altas?, revelou o treinador brasileiro.
Bernardinho preocupado com desgaste dos atletas
Rio – Técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho faz um alerta. ?Os jogadores estão cansados pela quantidade de partidas disputadas no ano. Tivemos só duas semanas e meia para nos prepararmos. As outras equipes estão em vantagem por não terem sua base atuando fora do país. A competição vai ser difícil e será todo mundo contra nós?, avisa ele, preocupado com a disputa do mundial do Japão, que acontece de 17 de novembro a 3 de dezembro.
Conhecido por sua rigorosa disciplina, Bernardinho tem adotado medidas para amenizar o esgotamento físico de seus jogadores. Nesta quarta-feira, por exemplo, o treino foi encerrado mais cedo. ?Os caras estão cansados, não agüentam o rojão?, justificou o treinador.
Os jogadores da seleção atuam, em sua maioria, fora do Brasil. Além dos torneios pelos seus clubes, jogaram a Liga Mundial, em agosto, conquistando mais um título para o vôlei brasileiro. Por isso, tiveram poucos dias de folga no ano.
Para comparar, Bernardinho contou que Cuba está se preparando para o mundial há sete semanas, assim como a Rússia – o Brasil ficou duas semanas e meia treinando em Saquarema, no Rio. Enquanto isso, a Itália, lembrou o treinador, tem todos os seus principais jogadores atuando em um mesmo clube, o Treviso.
?Estamos melhorando, mas o time está aquém do que esperava para o mundial?, admitiu Bernardinho, que vai em busca do bicampeonato, depois do título conquistado em 2002.
Hoje, Bernardinho deve comunicar ao grupo de 16 atletas os quatro cortes que fará no time para o mundial. A seleção viaja domingo para Paris, onde ficará dois dias para ajudar na adaptação ao fuso horário. E chega ao Japão no dia 9 – antes da estréia contra Cuba, no dia 17, ainda faz amistosos com a Polônia e a equipe japonesa Panasonic Panthers.