Brasil encara EUA e um surpreendente tabu

Hiroshima – Quando entrar em quadra às 2h (de Brasília) de amanhã para enfrentar os Estados Unidos, na estréia da segunda fase do mundial masculino de vôlei, o Brasil enfrentará um tabu de 36 anos: foi em 1970 a única vitória brasileira sobre uma equipe norte-americana na competição.

Os outros cinco jogos terminaram com vitória dos Estados Unidos, inclusive o último deles, em 2002, na Argentina, a única derrota sofrida pela seleção brasileira antes da conquista do então inédito título. ?É uma equipe que sempre nos causa problemas?, avisa o técnico Bernardinho.

O grupo lembra que o Brasil sofreu outras duas derrotas recentemente para os Estados Unidos: na primeira fase da Olimpíada de Atenas, em 2004, e na final da Copa América do ano passado, em São Leopoldo. ?Eles são um time muito certo taticamente, com boa defesa e volume de jogo. Perdemos um campeonato em casa, e estamos ainda mais motivados para derrotá-los?, assegura Ricardinho.

O Brasil venceu a última partida entre ambos, na Copa dos Campeões do ano passado, além de levar vantagem no confronto histórico, com 68 vitórias em 120 partidas. E Bernardinho não quer saber nem do fato de o rival ter terminado a primeira fase em quarto lugar no grupo C, com duas vitórias e três derrotas, enquanto o Brasil acabou com o primeiro lugar do grupo B, com quatro vitórias e apenas uma derrota. ?Eles começaram mal o campeonato?, diz Bernardinho, lembrando que o time é o mais velho do mundial, com média de 30,1 anos.

Em entrevista ao site oficial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o levantador Ricardinho disse que há um pouco de ?loucura? na forma de jogar do Brasil e nas comemorações a cada ponto conquistado. ?A diferença entre nós a as outras seleções é que sabemos ser loucos na quadra?, disse. ?Somos passionais e mostramos isso.?

Memória

Os jogadores tiraram algumas horas do primeiro dia em Hiroshima, local onde o Brasil disputará a segunda fase do Mundial, para acompanhar um evento da FIVB no Parque Comemorativo da Paz que recordou o lançamento sobre a cidade da bomba atômica, em 6 de agosto de 1945, no fim da II Guerra Mundial.

Ricardinho e os demais capitães depositaram flores num monumento em memória das vítimas, e depois os jogadores conheceram o Museu da Paz. ?O que mais me impressionou foram as maquetes mostrando a cidade antes e depois da bomba. Não sobrou nada?, disse o ponta Dante.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo