O piloto André Azevedo, pelo terceiro dia consecutivo, manteve a quinta posição na classificação geral na edição 2006 do Rali Dacar. Único brasileiro a disputar na categoria de caminhões, ele completou a etapa deste sábado com o tempo de 7h37min20s, ficando com o 13.º tempo.
Azevedo lamentou o erro na navegação que o atrapalhou na oitava etapa do Rali Dacar. O brasileiro, que completou o trecho entre Atar e Nouakchott na 13.ª colocação, afirmou que o erro próximo ao quilômetro 300 do trecho cronometrado lhe tirou a chance de ser sétimo na etapa.
"Ninguém gosta de perder tempo por causa da navegação, mas as referências na planilha eram poucas para uma navegação apenas com a bússola. Por isso, muitos pilotos se perderam", reclamou o piloto.
Além de Jean, os três primeiros colocados na classificação geral – os espanhóis Marc Coma e Isidre Esteve e o chileno Carlo de Gavardo – também se atrapalharam em um trecho no qual o deserto se abre e nada serve de referência.
Segundo o brasileiro, mais de 400 quilômetros separavam as indicações de planilha.
"Já teve Dacar que essa distância era de 300 quilômetros, mas tínhamos seta do GPS para ajudar", completou.
Firdaus Kabirov, da Rússia, foi o vencedor entre os caminhões com o tempo de 5h53min01s. Com o resultado, o piloto aproximou-se de seu compatriota Vladimir Chagin, que lidera entre os caminhões.
Descanso
Os pilotos do Rali Dacar tiraram o domingo (ontem) para descansar na cidade de Nouakchott, capital da Mauritânia, num dia sem provas. André Azevedo, aproveitou para relaxar.
"Temos que aproveitar um pouco o banho, tirar o estresse acumulado de oito dias de competição direto. É um dia para relaxar e ligar para casa, para matar as saudades, falar com os familiares", disse.
Mas nem toda a equipe do rali descansou. Os mecânicos trabalham para ajustar os veículos.
"Os mecânicos estão trabalhando desde a noite de sábado para deixar tudo preparado, tudo pronto, para a largada desta segunda-feira", explicou.