Belo Horizonte – De um lado, a atual campeã olímpica e européia. De outro, o dono da casa – que defende o título de campeão da competição, obtido no ano passado. Este é o resumo do confronto entre Brasil e Iugoslávia, que abrem as semifinais da Liga Mundial 2002, hoje, a partir das 10h10, no Mineirinho, em Belo Horizonte.
O time brasileiro, comandado por Bernardinho, vem de Recife como campeão do Grupo E das quartas-de-final, tendo vencido os três jogos que realizou; os iugoslavos, derrotados pela Itália na última partida do Grupo F, de Belo Horizonte, têm alguns problemas de contusão para resolver antes de decidir que jogadores irão enfrentar o Brasil e a entusiasmada torcida que promete lotar o ginásio.
“Tenho certeza de que o ginásio estará lotado. E espero que meus jogadores tirem vibração e energia desse fato para podermos derrotar o Brasil”, garante Zoran Gajic, técnico da Iugoslávia. “Certamente teremos um grande espetáculo. As quatro equipes que estão nas semifinais são, hoje, as melhores do mundo”, explica o treinador iugoslavo, que não tem seu time definido – vários jogadores sentem dores, incluindo o capitão do time, Nikola Grbic, que sentiu as costas no jogo contra a Itália. “Eles atuam na Europa e alguns há quase sete anos não tiram férias, jogando 12 meses por ano e sempre em competições de alto nível. Vou ver durante o aquecimento quem pode ou não jogar. Não é mistério, é uma realidade”, assegura.
Bernardinho, ao contrário, está certo de que a Iugoslávia entrará na quadra com todos os seus titulares. E sabe que o rival da manhã deste sábado é um duro desafio a ser superado. “Em todos os grandes eventos internacionais a Iugoslávia chega e decide. Por isso é campeã olímpica e européia. É um time de personalidade, experiente… Nós vamos precisar de paciência, não podemos pensar que vamos decidir o jogo apenas nos aces. Precisamos alongar o jogo, valorizar o nosso levantador, sem dúvida o mais talentoso dos que estão na semifinal. Mas ninguém vai poder falhar para chegarmos à vitória”, avalia o treinador brasileiro, que destaca o saque e o passe da Iugoslávia como seus principais fundamentos.
E, se o técnico iugoslavo quer tirar força da galera para inspirar seu time, Bernardinho conta com a animação dos mineiros para “empurrar” o time brasileiro na semifinal e numa possível final, amanhã. Logo após a partida entre Brasil e Iugoslávia (12h40), Itália e Rússia realizam a segunda semifinal da Liga Mundial 2002.
A 2.ª semifinal também será hoje
Recife – A Rússia está nas semifinais da Liga Mundial de vôlei. Depois de serem derrotados pelo Brasil, os russos foram beneficiados pela vitória da Holanda sobre a Espanha por 3 sets a 1 (25/20, 25/27, 25/23 e 25/18), em 1h36, no ginásio Geraldão. A Rússia terminou em segundo lugar do grupo E, superando os espanhóis e os holandeses no set average, e fará a segunda semifinal contra a Itália, oito vezes campeã do torneio, hoje, às 12h40. Brasil e Iugoslávia fazem a primeira semifinal, às 10h10.
Após a conquista da primeira vitória, o técnico holandês Bert Goedkoop apontou o seu favorito à medalha de ouro. “Hoje nos jogamos bem melhor do
que nos dois primeiros jogos. Acredito que o Brasil é o favorito ao título.
Mas a Rússia jogou três grandes partidas e a minha expectativa é que eles
joguem ainda melhor nas semifinais”, disse Goedkoop.
Na Espanha, o desânimo foi total já que as chances de ir às semifinais eram reais. “O que mais pesou nesta derrota foram os nossos erros e o fato de estarmos tensos pela obrigação da vitória”, lembrou o levantador e capitão Penafreta, que foi apoiado pelo atacante Salvador: “Estávamos bem preparados. Mas a Holanda jogou sem responsabilidade, pois já estava fora da competição”, finalizou o atacante.