Como na filosofia de botequim, o que vale é o resultado. Isto traduz com exatidão a vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Colômbia, ontem à tarde, em Valparaíso, no Chile. A seleção não jogou bem, mas o que importou no final das contas foi o resultado, que serviu para manter vivo o sonho da classificação para as olimpíadas de Atenas. Agora, o Brasil enfrenta a Argentina na quarta-feira, em partida válida pelo quadrangular final do torneio pré-olímpico. No outro jogo, o Chile enfrenta o Paraguia, que ontem eliminou o Equador nos pênaltis, após empatar em 0 a 0 no tempo regulamentar.
A seleção brasileira entrou em campo contra a Colômbia com três modificações. No lugar dos suspensos Rochemback e Diego, entraram Dudu Cearense e Daniel Carvalho. Já na vaga do contundido Dagoberto, Marcel apareceu como esperança de ser a principal referência na área. Entretanto, as mudanças não renderam o esperado. A seleção ganhou em força, mas perdeu em conjunto.
As jogadas eram trabalhadas sem padrão e o primeiro gol saiu em uma jogada de bola parada, aos 11 minutos. Elano cobrou escanteio e Alex subiu sozinho para abrir o marcador.
O gol fez com que a seleção colombiana partisse com mais veemência ao ataque, dando um nó na desestruturada defesa brasileira. Sem a referência de Rochemback no meio, os colombianos conseguiam penetrar na área brasileira com facilidade. O gol de empate, entretanto, esbarrou na falta de pontaria e nas ótimas intervenções de Gomes.
Preocupado, o técnico Ricardo Gomes reconheceu as deficiências do Brasil na primeira etapa. “Precisamos ter uma melhor colocação defensiva. Por isso, vou posicionar melhor o Paulo Almeida para liberar as laterais”, explicou.
A segunda etapa começou com mais um gol da seleção brasileira, logo a um minuto. Marcel só precisou dar um toquinho para o gol após o rebote do goleiro colombiano, que não conseguiu segurar o chute de Robinho.
Com o placar de 2 a 0, a seleção passou a errar menos passes e a subir ao ataque com mais assiduidade. Aos 10 minutos, o colombiano Valencia foi expulso e os espaços aumentaram. Mas o Brasil só conseguiu marcar mais um aos 36 minutos. Elano tocou para Dudu na área e ele bateu de primeira, carimbando o passaporte do Brasil para o quadrangular final do pré-olímpico.
