Brasil deixa técnica pra jogar feio e vencer

Königstein – Quem vê os Harlem Globetrotters em ação fica encantado com os malabarismos que fazem com uma bola de basquete. Há décadas essa trupe gira o mundo, proporciona espetáculos, lota ginásios, mas não participa de competições. Para não ser confundida com um grupo de astros do futebol que diverte, e mais nada, a seleção se mostra disposta a dar um tranco nas firulas e mirar apenas os resultados. Pragmatismo, enfim, mesmo que as platéias se sintam decepcionadas. Sai de cena o show, substituído pela lógica do ?importante é vencer?.

Os indícios de que os campeões do mundo desceram do salto e subiram nas tamancas vieram com as explicações básicas, após a vitória apertada sobre a Croácia. Mas se transformaram em lema ontem, por iniciativa de Cafu, Emerson e Ronaldinho. Três dos líderes do elenco reunidos por Parreira bateram na tecla de que pretendem voltar para casa com a taça debaixo dos braços. Para tanto, concordam em deixar em segundo plano a técnica e reverenciar a tática.

?A imprensa esperava que o quarteto mágico desse show, olé, que desse de seis ou sete com facilidade?, sentenciou Cafu, com a experiência de quem já ganhou e perdeu, em times e na seleção, com jogo bonito ou tosco. ?Mas sabemos que isso não vai ocorrer. Não somos Globetrotters.?

Artista veterano, acostumado às reações do público, imagina que os aplausos virão com encenação certinha do script, ou seja, com os resultados satisfatórios e com o troféu na vitrine. ?Ter o respeito dos rivais é bom. Ao mesmo tempo, o favoritismo faz com que os outros se fechem mais quando nos enfrentam. E dificultam?, completou Cafu.

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