Brasil dá show na canoagem slalom do Pan e faz melhor tempo em quatro provas

Modalidade olímpica desde 1972, a canoagem slalom faz sua estreia no programa dos Jogos Pan-Americanos apenas em Toronto. E o Brasil está disposto a mostrar que é a grande potência do continente. Neste sábado, fez o melhor tempo nas eliminatórias de quatro das cinco provas da modalidade e avançou com todas as suas embarcações para as semifinais.

Na canoagem slalom, os melhores atletas da primeira parte da fase de classificação têm direito a descer o rio mais uma vez. É levado em conta apenas o melhor tempo de cada embarcação para a definição dos semifinalistas. Cada país tem direito a ter apenas um competidor ou dupla por prova.

Os brasileiros foram tão bem na primeira bateria que abriram mão da segunda. Foi o caso de Ana Sátila no K1 (caiaque para uma pessoa, prova olímpica) e também no C1 (canoa para uma pessoa, não olímpica); Pedro Gonçalves, o Pepê, no K1 masculino; e a dupla Charles Corrêa/Anderson Oliveira no C2 (canoa para dois).

“Estou muito contente com a minha descida, foi muito consistente, muito boa, muito rápida. Amanhã (domingo) é só repetir isso, analisar onde podemos ganhar ainda mais tempo. Estamos bem focados e concentrados, fizemos um ótimo trabalho de preparação. Agora é só focar naquilo que a gente mais gosta que é remar”, comenta Pepê.

O único brasileiro que não fez o melhor tempo das eliminatórias foi Felipe Borges, no C1. Ele completou a primeira descida em 95s30 (os tempos são contados em segundos) e a segunda em 94s95. Acabou como o quarto mais veloz, classificado para a semifinal.

Tanto as semifinais quanto as finais da canoagem slalom serão no domingo. O Brasil já tem vagas nas quatro provas olímpicas e, no Pan, tem interesse apenas no ouro. Os rivais, com exceção do C2, querem o alto do pódio para se classificarem para os Jogos Olímpicos. Na prova em duplas o resultado do Pan vale pontos na disputa da vaga olímpica.

A canoagem slalom se difere da canoagem velocidade porque é disputada em rios de correnteza, muitas vezes artificiais. Os atletas têm que contornar portas (passando por dentro ou fora delas, dependendo da cor da porta) e vence quem fizer a descida mais rápida, descontando as punições por tocar uma porta (dois segundos) ou passar por ela sem contorná-la (50 segundos).

Na canoagem velocidade, o Brasil teve um desempenho histórico, com nove medalhas, sendo duas de ouro, três de prata e quatro de bronze. No Pan de Guadalajara, havia faturado só quatro medalhas no total, nenhuma dourada.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo