De maneira surpreendente, o Brasil se classificou pela primeira vez na história para o Mundial profissional de beisebol.
A vaga veio com três vitórias no quadrangular classificatório no Panamá e foi sacramentada na madrugada de hoje com um triunfo sobre os donos da casa por 1 a 0.
“Não importa contra quem você joga, nem onde ou quando você joga”, afirmou o técnico do Brasil, Barry Larkin. “Se você tem um plano e você o executa e faz as pequenas coisas, você pode ganhar. Você pode jogar com qualquer um no mundo.”
Membro do Hall da Fama, o americano Larkin conduziu o Brasil no feito classificado como um conto de fadas na comunidade do beisebol.
Após clínicas para desenvolvimento do esporte no país, Larkin se ofereceu para dirigir a seleção brasileira. “Disse a ele que ficaríamos muito orgulhosos e honrados, mas não teríamos como arcar com o salário dele”, afirmou o presidente da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), Jorge Otsuka. “Quando ele falou que não precisaríamos falar de dinheiro, fiquei tranquilo e disse para ele vir correndo.”
Otsuka disse que o americano, que atuava como comentarista nos EUA, trabalhou com o time por apenas seis dias. “Mas ele usou muita psicologia e elevou a autoestima do time.”
O Brasil iniciou a disputa, que envolveu também Colômbia e Nicarágua, como a quarta força.
Logo na estreia, porém, os brasileiros surpreenderam o Panamá por 3 a 2, na última quinta.
No segundo jogo, a seleção bateu a Colômbia por 7 a 1 e se classificou para o confronto que definiria o classificado do grupo.
O Panamá passou pela repescagem e teve a chance de se vingar da derrota para o Brasil, mas não conseguiu.
Na primeira fase do Mundial, o Brasil caiu na Chave C, que joga de 7 a 10 de março, em Porto Rico.
Além do Brasil e dos donos da casa, fazem parte do grupo Venezuela e República Dominicana. Os dois melhores avançam para a segunda rodada, de 12 a 16 de março, em Miami.
“Mais uma vez vamos entrar como a quarta força”, afirmou o cartola Jorge Otsuka.