Rio – A Copa do Mundo vai chegando e a seleção brasileira não deverá ter novidades. O treinador Carlos Alberto Parreira afirmou na tarde de ontem durante um evento no jornal O Globo, que a equipe estreará na Copa da mesma forma como terminou as Eliminatórias: com dois jogadores mais defensivos no meio-campo e o ?quadrado mágico? na frente.
O técnico, que estava acompanhado do coordenador Zagalo e do supervisor Américo Faria, fez esta afirmativa ao responder a uma pergunta se ele colocaria Juninho Pernambucano no lugar de Zé Roberto no meio e este na vaga de Roberto Carlos, na lateral-esquerda. ?No futebol tudo é possível. Se formos colocar em prática tudo o que é sugerido, não vamos chegar a lugar algum. Só que o Juninho não é um volante, ele é meia. Essa é minha opinião, e como sou o técnico da seleção, eu tenho o direito de escolher. É uma possibilidade que, durante a Copa, pode acontecer, mas vamos começar jogando como terminamos as Eliminatórias?, garantiu.
Apesar das estrelas da seleção receberem salários milionários em seus clubes na Europa, o treinador confia que a mística da ?Amarelinha? ainda existe. ?O jogador tem orgulho de atuar pela seleção e é nesse lado do coração que temos que pegar. A seleção é o Brasil que dá certo. Eu viajei por muitos países e, sempre que chego, as pessoas se referem ao futebol do Brasil e à camisa amarela?, salientou.
Parreira reafirmou que ao menos oito equipes têm chances de ganhar a Copa de 2006. Além do Brasil, ele já citara Holanda, Itália, França, Argentina, Inglaterra, Portugal e Alemanha como candidatas. ?Todos os campeões mundiais, exceção feita ao Uruguai, estarão presentes e estas equipes vão se sobressair. Há pelo menos oito favoritos?, comentou.
O técnico lembrou com emoção especial a conquista do tetracampeonato mundial, em 1994, nos Estados Unidos. ?Não existe receita. Ser campeão do mundo com a camisa canarinho é algo que não tem preço, indescritível e que compensa qualquer sacrifício, se é que existem sacrifícios?, disse.
Conmebol quer manter classificatórias
Rio – A América do Sul vai pedir permissão à Fifa para manter seu polêmico formato das Eliminatórias para a Copa do Mundo, no qual os dez países jogam entre si em turno e returno. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou em 2004 que a entidade não aceitaria mais o sistema.
O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, foi outro a criticar repetidamente o regulamento. As Eliminatórias para a Copa de 2006 demoraram mais de dois anos. Os clubes europeus também reclamaram.
Entretanto, a Conmebol afirmou que seus membros acertaram um acordo para manterem o esquema de classificação para a Copa de 2010, na África do Sul. ?Os dez presidentes chegaram a um acordo?, afirmou o secretário-geral, Eduardo Deluca.
Diferentemente da Europa, a América do Sul não tem classificação para seu torneio regional, a Copa América, e as nações pequenas afirmam que o sistema atual proporciona disputar mais jogos competitivos.
Deluca afirmou que acredita que a Fifa será persuadida a executar o pedido dos países. ?Com os representantes que temos hoje na Fifa, o comitê-executivo e a força que eles têm, a autorização é possível?, afirmou.
Videogame liberado
Rio – Os jogadores da seleção terão alternativa para matar o tempo, na concentração, durante o Mundial da Alemanha. A CBF planeja um campeonato de videogame para quem se sentir entediado nas horas de folga. ?Eles gostam muito desses jogos e estou programando um torneio?, disse o supervisor Américo Faria. Robinho e Kaká são os craques dos joguinhos.
