Cidade do Cabo, África do Sul – De volta à África do Sul, para fazer reparos no barco, a tripulação do Brasil 1 decidiu continuar na disputa da segunda perna da Volvo Ocean Race, a regata de volta do mundo. Assim, o veleiro brasileiro deve retornar ao mar na terça-feira, partindo para a Austrália.

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Como sofreu danos no mar, o Brasil 1 precisou interromper a participação na segunda perna da regata, que começou na última segunda-feira, partindo da Cidade do Cabo para Melbourne. Mas o barco não precisará de muitos reparos, o que fez a tripulação decidir, em reunião ontem, continuar na disputa.

"O Brasil 1 deve ficar pronto até terça-feira e poderemos voltar para esta etapa e conquistar pontos importantes na classificação", explicou o comandante Torben Grael. "O mais importante é que continuar velejando é fundamental para manter alto o moral da equipe."

Ao invés de continuar na disputa, o Brasil 1 poderia ter optado por seguir direto para Melbourne, pulando a segunda perna e já se preparando para a terceira. "Queremos dar a volta ao mundo e completar essa etapa velejando, mesmo que isso signifique pouco tempo para descansar em Melbourne", afirmou Knut Frostad, um dos tripulantes.

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"Foi horrível ter de voltar para terra, principalmente depois de conquistarmos uma posição privilegiada em relação ao restante da flotilha. Seríamos os primeiros a velejar com os ventos fortes nos mares do Sul. Em 12 anos que disputo essa regata, nunca abandonei nenhuma etapa e tenho muito orgulho de ser parte dessa equipe brasileira, que não tem nenhuma intenção de desistir. Vamos terminar o que começamos. Queremos dar a volta ao mundo e completar essa etapa velejando, mesmo que isso signifique pouco tempo para descansar em Melbourne. Mentalmente, essa será a perna mais difícil de todas, para todos nós", declarou Knut Frostad, um dos velejadores do Brasil 1 e membro do comitê técnico da equipe.

Assim, a equipe de terra do Brasil trabalha desde quinta-feira, quando ele aportou em Port Elizabeth, na África do Sul, para fazer os reparos. A viagem até Melbourne deve durar de 15 a 20 dias – dessa maneira, o barco brasileiro chegaria em cima da hora para a regata local, marcada para o dia 4 de fevereiro.

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"Teremos pouco tempo em Melbourne. Serão, mais ou menos quatro dias antes da regata local e, depois, cinco dias antes da largada para a terceira perna para preparar o Brasil 1", admitiu o Horácio Carabelli, diretor da equipe de terra.

Enquanto isso, os demais participantes da regata seguem em direção à Austrália. O líder da segunda perna e da classificação geral é o holandês ABN Amro 1.