Brasil 1 faz ajustes na água

Luiz Doro Neto
O mastro principal foi definitivamente recuperado ontem.

Rio de Janeiro – Como programado, o Brasil 1 voltou ontem para a água. Depois de pouco mais de três dias passando por ajustes, o barco brasileiro, o primeiro de sua classe construído no país, está praticamente pronto para as próximas duas etapas da Volvo Ocean Race, a mais tradicional regata de volta ao mundo.

O veleiro de 21,5m, que recebeu alguns reforços para evitar novos imprevistos, foi pesado pela manhã no horário de Melbourne e aprovado pela organização. Ao contrário de outros barcos, que tiveram de tirar peso do bulbo da quilha para se adaptar aos cerca de 14.000 kg que a regra estabelece como máximo para os VO 70, os brasileiros não tiveram de fazer maiores ajustes.

O mastro, que já recebeu os novos cabos de fixação após competir na regata local de sábado com armação improvisada, foi instalado ontem.

?Vamos velejar na quinta (hoje) e, se necessário, na sexta (amanhã). Queremos ter certeza de que tudo está funcionando perfeitamente?, disse o comandante Torben Grael. ?No sábado, fomos para a água sem testes. Isso não é normal e não faremos novamente?, completou Horácio Carabelli, diretor-técnico da equipe, que velejará nas próximas duas pernas, substituindo Marcelo Ferreira.

É importante que tudo no Brasil 1 esteja funcionando bem, porque a etapa de Wellington é diferente das outras. Na Nova Zelândia, nenhuma tripulação poderá receber auxílio externo para fazer reparos no barco. Nem mesmo comida ou ferramentas podem entrar no veleiro.

A largada está marcada para as 13h de domingo em Melbourne (meia-noite em Brasília) e os barcos enfrentarão 1.450 milhas náuticas (cerca de 2.600 km) até Wellington, capital da Nova Zelândia. O trajeto deve durar cerca de três dias e os velejadores devem chegar na noite de quarta-feira (horário Brasil).

Desafio nos mares do sul

A quarta perna da Volvo Ocean Race parte de Wellington, capital da Nova Zelândia, no dia 19. A quarta etapa, que termina no Rio de Janeiro, é a mais longa desta edição da Volvo Ocean Race, com 6.700 milhas, cerca de 12.400 km. ?Essa deve ser a etapa mais difícil da regata e precisamos estar preparados?, afirmou Torben Grael, comandante do Brasil 1.

Na quarta perna, mais uma vez os competidores mergulham nos mares do Sul, além de contornar o cabo Horn. ?Na primeira etapa, por causa dos portões de gelo, não fomos para latitudes tão altas, ou seja, não descemos tão ao Sul. Tenho curiosidade para ver como vou reagir ao frio?, disse André Fonseca, que recebeu o prêmio por bravura no mar na última etapa, após mergulhar para resgatar as peças do mastro quebrado no dia 18 de janeiro.

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