Brasil 1 colide com baleia

O Brasil 1 já está no hemisfério norte, enfrentando obstáculos que devem se repetir durante a volta ao mundo na Volvo Ocean Race, a partir de novembro. Na noite de domingo, o barco brasileiro, construído no país para disputar a tradicional competição, colidiu com uma baleia.

"O barco andava a 10 nós (18 km), eu acabara de assumir o leme, quando senti um leve toque levantando a proa, seguido de uma brusca colisão. Olhei para o lado e vi uma baleia a 30 metros. No mesmo instante, do outro lado e bem juntinho ao Brasil 1, ouvi um urro e a baleia atingida apareceu, contorcendo-se. Acho que ela estava dormindo e foi acordada por nossa proa, seguida de uma bordoada com a quilha", relatou o bicampeão olímpico Torben Grael, comandante da embarcação.

O único problema foi sofrido pelo "médico" da tripulação, João Signorini, que acabou se chocando contra a cozinha do barco, reclamando de dores nas costelas. Ele já foi medicado. "Ele já está de pé, andando pelo barco. Acho que isso significa que está melhorando", disse a navegadora Adrienne Cahalan.

Desde a saída de Fernando de Noronha, os velejadores enfrentaram muito calor e pouco vento. "O calor é muito grande e, as vezes, fica difícil dormir dentro do barco. A comida não está sendo um problema para a tripulação, mas a água, um pouco salgada, é ruim e difícil de engolir", conta André Fonseca.

Batismo do Equador

No sábado, o Brasil 1 cruzou o Equador e os velejadores mais experientes fizeram o tradicional "batismo do Equador". O trote é dado em todos os tripulantes que nunca tinham cruzado, velejando, a linha imaginária que divide os dois hemisférios. Das 11 pessoas que estão a bordo do veleiro de 70 pés (21,5 metros), cinco foram batizados: o comandante Torben Grael, os brasileiros Marcelo Ferreira, André Fonseca e João Signorini e o neozelandês Martin Carter. O brasileiro Kiko Pellicano e o neozelandês Andy Meiklejohn foram os reis dos mares, responsáveis pelo batismo.

Também estão a bordo do Brasil 1 os neozelandeses Stuart Wilson, o espanhol Roberto Bermudez e o irlandês Damian Foxall. A viagem do Rio de Janeiro até Portugal tem 4.000 milhas náuticas (7.400 km). Na quinta-feira, a tripulação chegou em Fernando de Noronha e fez a única parada antes de Cascais. Até agora, o recorde de velocidade do veleiro é de 30 nós (55,8 km/h), cinco a menos do que a velocidade máxima projetada para o veleiro.

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