Equipe Brasil 1/Divulgação |
A equipe do Brasil 1 ?curte? o frio no início da regata. |
O Brasil 1, primeiro barco brasileiro a dar a volta ao mundo na Volvo Ocean Race, aumentou ainda mais a liderança na primeira etapa, entre Vigo, na Espanha, e Cidade do Cabo, na África do Sul. Nesta terça-feira, a equipe comandada por Torben Grael abriu 57 milhas náuticas (105 km) de vantagem sobre o sueco Ericsson, atualmente na segunda colocação.
O terceiro colocado é o ABN Amro One, da Holanda, 70 milhas atrás, e o quarto, o ABN Two, com 74. O Sunergy and Friends/AUS está ancorado em Porto Novo, próximo à Ilha da Madeira, enquanto o Piratas do Caribe/EUA está em Cascais e o movistar/ESP, em Portimão, todos em Portugal. Os três barcos tiveram problemas no primeiro dia da regata e não devem voltar para esta etapa da competição.
A grande vantagem que o Brasil 1 vem abrindo mostra que a rota traçada pela navegadora Adrienne Cahalan, única mulher na competição, e o comandante Torben Grael é diferente da de seus concorrentes. Os brasileiros são os únicos velejando para o sul no momento e são o barco mais próximo a Fernando de Noronha, na costa brasileira, primeiro portão de pontuação da edição 2005/2006 da regata de volta ao mundo.
A aposta vem dando resultado. Na última parcial divulgada pela organização (14h de Brasília), os quatro veleiros estão separados por 159 milhas. O Brasil 1 não faz uma manobra há quase dez horas e já veleja em linha reta há 120 milhas. Os concorrentes, por sua vez, estão se esforçando mais. O ABN One, por exemplo, mudou de direção três vezes em quatro horas. No quarto dia de regata, os ventos ficaram mais calmos, entre 15 e 20 nós.
A bordo, o frio e a chuva começam a desaparecer e os tripulantes já esperam uma drástica mudança climática. “A temperatura está esquentando rápido. Talvez daqui alguns dias, quando entrarmos nos Doldrums (as zonas de calmarias equatoriais), o pessoal sentirá falta desse friozinho”, disse o proeiro Kiko Pellicano.