O jogador Somália, volante do Botafogo, será indiciado por crime de falsa comunicação de crime, após forjar seu sequestro-relâmpago, segundo informações da Polícia Civil do Rio.
Na última quarta-feira, dia em que o elenco comandado pelo técnico Joel Santana voltou aos treinos pela manhã após as férias, o jogador teria sido vítima de um sequestro-relâmpago quando se dirigia ao Engenhão, estádio onde foi realizada a atividade.
Segundo a polícia, imagens do circuito interno do prédio onde mora o jogador registraram o momento em que ele entra no imóvel, por volta das 4 horas da quarta. O vídeo mostra também quando Somália sai do prédio, cinco horas depois, por volta das 9 horas.
De acordo com informações da polícia, o volante chegou ao 16.º DP da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, por volta das 9h30, dizendo que teria ficado em poder de sequestradores por cerca de duas horas, mas as imagens do circuito interno provam que ele estava em casa no momento em que teria acontecido o suposto crime. Por conta do ocorrido, o jogador ficou fora do primeiro treino do ano no Botafogo.
O Botafogo divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira, na qual falou sobre como irá proceder “ao tomar conhecimento de que não seria verídica a justificativa do atleta” para a falta ao treinamento.
Na nota, o clube carioca disse “que qualquer decisão administrativa referente a uma possível punição em relação à conduta do atleta será definida após esclarecimentos das partes”. No tópico seguinte da mesma nota, deixou claro que não irá defender Somália perante à Justiça neste caso. “A questão criminal será tratada exclusivamente por um especialista, que deverá ser contratado pelo próprio atleta”.