Depois de indicar que o atacante Caio fez “corpo mole” para não jogar contra o Atlético-MG, domingo passado, em Sete Lagoas (MG), a diretoria do Botafogo voltou atrás e aceitou a alegação do jogador. De acordo com texto publicado no site oficial do clube, a razão da ausência do atleta na goleada sofrida pelo time carioca foi um desconforto muscular sofrido por ele na sexta-feira, dois dias antes da partida.
Nesta terça-feira, o jogador conversou com o gerente de futebol Anderson Barros, treinou normalmente na academia do clube e já falou da expectativa de jogar o clássico de domingo, contra o Fluminense, em Volta Redonda (RJ). Ele deve treinar com bola já na quarta. “Tive conversas com dirigentes e foi tudo resolvido internamente. É bola para a frente. Só estou pensando em treinar e no jogo de domingo”, garantiu Caio.
A situação é bastante diferente de a de um dia antes, quando o vice de futebol, André Lima, anunciou que Caio seria multado e poderia ser transferido. “O (gerente) Anderson (Barros) e a comissão técnica perceberam um comportamento que não estava condizente com os demais. Ele (Caio) vai ser multado e há a possibilidade de uma negociação dependendo do treinador que chegar”, comentou o dirigente na segunda-feira.
O atacante deveria ser titular contra o Atlético-MG e chegou a ser comunicado pelo interino Flávio Tenius. Mas a alegação de cansaço muscular foi inicialmente encarada como descaso com o momento turbulento do clube. “Eu queria jogar, fiquei chateado porque queria viajar e ajudar o Botafogo. A diretoria achou melhor não. Tivemos uma conversa saudável. Senti um desconforto, mas os médicos acharam que seria pior se eu jogasse”, disse Caio.
O jogador, porém, admitiu poder ser multado. “Errei no sábado quando o grupo estava reunido, virei as costas e fui embora. Quero pedir desculpas ao grupo. Mas nunca houve falta de comprometimento. Sempre tive dedicação e vontade, sou bem profissional e pontual, respeito jogadores, comissão técnica e diretoria”, finalizou o atacante.