Botafogo passa sufoco, mas ganha na estreia

O placar final apontava 2 a 1 para o Botafogo sobre o Duque de Caxias. Três pontos garantidos no Grupo B da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca. Era o que importava para uma estreia de temporada, com as condições físicas ainda longe do ideal. Mas as palavras do atacante uruguaio Loco Abreu após a partida são a melhor descrição do péssimo futebol apresentado pelo time do técnico Joel Santana, nesta quinta-feira, no Engenhão.

“Temos que mudar nossa forma de jogar. É só marcação, marcação, marcação. O outro time sempre tem mais posse de bola e estamos sempre correndo atrás dela. Não dá. Contra uma equipe mais qualificada o resultado poderia ser outro”, disse o principal atacante do Botafogo, que não costuma se intimidar em dar declarações que possam desagradar seus treinadores.

Os minutos iniciais do jogo deram a falsa impressão de que os botafoguenses iriam se impor dentro de campo. Mas o panorama mudou rapidamente. O Duque de Caxias apertou a marcação, forçando os erros de passe do adversário, e passou a dominar a posse de bola. Faltava, porém, um pouco de qualidade. Não fosse o gol surgido de um pênalti de Lucas em Geovane Maranhão, teriam sido 45 minutos irrelevantes.

O lance do pênalti aconteceu aos 42 minutos, quando Geovane Maranhão tentou o drible em Lucas e sofreu a falta dentro da área. O árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti. Aí, o atacante Somália cobrou e fez 1 a 0 para o Duque de Caxias.

Para o segundo tempo, Joel Santana sacou o lateral Guilherme e lançou o meia Alex, deslocando Somália para a ala esquerda. Melhorou um pouco, mas a criação das jogadas do Botafogo continuava ruim, com o meia Renato Cajá apagado. Ele, porém, ajudaria a decidir a partida em um lampejo.

Aos 33 minutos, após confusão na área, o chute de Caio encontrou a mão de Lucão. O árbitro marcou pênalti. Loco Abreu cobrou pelo alto e empatou o jogo. Três minutos depois, Renato Cajá deu lindo passe para Caio chutar forte e consolidar a virada do Botafogo.

Depois do sufoco na estreia, a vitória de virada trouxe alívio ao Botafogo. Mas certamente Joel Santana não vai gostar das palavras de Loco Abreu, que analisou com precisão o confronto desta quinta-feira.

FICHA TÉCNICA:

Botafogo 2 x 1 Duque de Caxias

Botafogo – Jefferson; Antônio Carlos, João Filipe (Bruno Tiago) e Márcio Rosário; Lucas, Marcelo Mattos, Somália (Alessandro), Renato Cajá e Guilherme (Alex); Caio e Loco Abreu. Técnico – Joel Santana.

Duque de Caxias – Erivelton; Lucão, Marlon, Fábio Braz e Ari; Antônio (Vitor), Lenon, Juninho (Dudu), Lenilson; Geovane Maranhão (Felipe Canavan) e Somália. Técnico – Arthur Bernardes.

Gols – Somália (pênalti), aos 42 minutos do primeiro tempo; Loco Abreu (pênalti), aos 33, e Caio, aos 36 minutos do segundo tempo.

Árbitro – Marcelo de Lima Henrique.

Cartão amarelo – João Filipe, Marcelo Mattos, Loco Abreu, Somália, Marlon, Antônio, Lenílson e Lenon.

Renda e público – Não disponíveis.

Local – Estádio Engenhão, no Rio.

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