Pobres dos 6.272 torcedores que pagaram para ir ao Maracanã na noite deste sábado. Os botafoguenses não apenas perderam dinheiro como voltaram para casa irritados. Jogando em casa, a equipe carioca mal deu trabalho ao goleiro adversário, levou o gol num pênalti bastante contestável, ainda no primeiro tempo, e acabou derrotada pela Ponte Preta por 1 a 0, somando a terceira derrota seguida no Brasileirão.

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Para os campineiros, um momento histórico. A equipe, que segue na zona de rebaixamento, conquistou a primeira vitória dos seus 106 anos de existência no Maracanã – nem antes nem depois da reforma. Na quarta, havia feito seu primeiro jogo internacional, também com vitória.

Já o Botafogo, merecidamente vaiado, mostrou que não tem mais gás para brigar pelo título. Segue com 42 pontos, a oito do Cruzeiro, podendo perder a vice-liderança ainda nesta 24ª rodada para Grêmio e Atlético-PR. A folga no G4 é do oito pontos.

Para tentar reverter uma série de quatro jogos sem vencer, o Botafogo tem clássico contra o Fluminense na quarta-feira. A Ponte, que agora está a cinco pontos do Flamengo, o primeiro time fora da zona de rebaixamento, recebe o Náutico na terça.

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O JOGO – Num péssimo horário para se praticar futebol de primeiro nível, menos de 7 mil torcedores compareceram ao Maracanã. E o Botafogo pareceu sentir falta deles. Da torcida e também de Marcelo Mattos, poupado. A maior ausência, porém, era um centroavante.

O time carioca nada fez no primeiro tempo. A única jogada de área digna de nota foi uma trapalhada. Lodeiro tentou de calcanhar após o cruzamento de Seedorf, até mandou a bola em direção ao gol (sem força) e ela bateu em Rafael Marques.

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Não que Ponte Preta tenha merecido fazer um gol. Mas fez. Aos 40, Artur recebeu na área, marcado por Lima, pisou na bola, e foi ao chão. Como ao mesmo tempo o lateral-esquerdo tentava o carrinho, o árbitro Francisco Carlos do Nascimento foi enganado e marcou pênalti. Elias foi para a cobrança e abriu o placar.

A torcida vaiou na saída para o intervalo, mostrou que estava descontente. Oswaldo de Oliveira trocou Hyuri por Octávio, ainda no começo do segundo tempo, mas as coisas não melhoraram. No melhor lance, Henrique, aquele já foi artilheiro e melhor jogador de Mundial Sub-20, recebeu na área, bateu forte e todos finalmente perceberam que Roberto estava mesmo em campo quando o goleiro fez a sua primeira defesa.

Henrique, aliás, havia entrado em campo no lugar do apagado Seedorf. Alex também entrou, na vaga de Marcelo Mattos, mas em vão. Até porque, no último lance do jogo, o meia recebeu sozinho na área e mandou por cima.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 0 X 1 PONTE PRETA

BOTAFOGO – Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e Lima; Marcelo Mattos (Alex), Gabriel, Lodeiro, Hyuri (Octávio) e Seedorf (Henrique); Rafael Marques. Técnico – Oswaldo de Oliveira.

PONTE PRETA – Roberto; Artur, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Felipe Bastos, Alef (Magal) e Elias; Adailton (Adrianinho) e Rildo. Técnico – Jorginho.

GOL – Elias, de pênalti, aos 42 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Francisco Carlos do Nascimento (Fifa/AL).

CARTÕES AMARELOS – Hyuri, Artur e Elias.

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 6.272 pagantes.

LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).