Técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) vistoriaram nesta sexta-feira o Engenhão para detectar os problemas que causaram o segundo apagão no estádio em menos de uma semana. Eles se reuniram com dirigentes do Botafogo e sugeriram que o clube disponha de uma equipe de manutenção para os eventos no Engenhão.
Na quinta, o jogo Fluminense x Liberdad, do Paraguai, pela Libertadores, começou com 65 minutos de atraso por causa de falta de luz no estádio.
O fato havia se repetido no domingo passado, durante o Fla x Flu, pelo Campeonato Carioca. O Crea vai fazer nova vistoria no estádio na semana que vem. Também nesta sexta-feira, o Ministério Público do Estado informou que vai pedir esclarecimentos ao Botafogo sobre os incidentes.
Em entrevista coletiva, o vice-presidente de patrimônio do Botafogo, Francisco Fonseca, “esclareceu” que os dois episódios não têm relação. Atribuiu o apagão durante o clássico carioca a um problema de falta de luz externo, que acometeu outras ruas do bairro do Engenho de Dentro. Sobre a falta de luz na noite de quinta-feira, antes do jogo do Fluminense, apontou como causa uma “falha operacional” no sistema de iluminação do Engenhão.
“O sistema é todo informatizado. Como uma chave foi acionada de forma errada, houve um desligamento por efeito de segurança no setor oeste. Depois, caiu o outro lado, exatamente por reflexo do erro. Foram 20 minutos para identificar, seis para resolver e 25 minutos para os refletores esfriarem e serem religados, como acontece em qualquer estádio do mundo”, explicou.
Em nota no seu site oficial, o Botafogo alega que “comprovou” que a iluminação está em perfeitas condições ligando todos os refletores do estádio enquanto Fonseca concedia entrevista coletiva.
