O Botafogo confirmou nesta quarta-feira o seu credenciamento à disputa do título do Campeonato Brasileiro com uma boa vitória por 3 a 2 sobre o Atlético Goianiense, no Engenhão. O resultado, conquistado diante de quase 20 mil torcedores (a diretoria esperava 40 mil), leva o time de Joel Santana a 54 pontos e mantém vivas as chances de levar a taça de campeão. Os goianos, no entanto, ficam com 36 e seguem seriamente ameaçados de queda.
Logo de início, um lance polêmico no qual o Botafogo se queixou de pênalti. Loco Abreu e Adriano dividiram a bola dentro da área e o atacante uruguaio foi ao chão. O árbitro paranaense Heber Roberto Lopes mandou seguir. Mas foi a única chegada perigosa do time da casa em toda a primeira etapa. Antes é claro, do gol que viria no fim.
O Atlético detinha a posse de bola e finalizava com muito mais frequência. Aos 20 minutos, o time goiano já havia chutado ao gol de Jefferson por cinco vezes, contra nenhum arremate dos alvinegros. Mas a eficiência conta mais que a quantidade e os visitantes estavam com a mira descalibrada.
Melhor para os botafoguenses, que na primeira finalização, marcaram o gol. A jogada se iniciou na direita, rodou todo o campo e foi parar nos pés de Marcelo Mattos na esquerda, que percebeu a entrada em velocidade de Caio, improvisado como ala direito, e cruzou na medida. Pega no contrapé, a zaga rubro-negra pode apenas assistir à cabeçada certeira do atacante, aos 43. “Tive que mudar de posição para marcar. Fico feliz (pelo primeiro gol no Brasileiro), mas não tem nada definido. Dedico o gol à minha mãe”, disse Caio.
No segundo chute dos alvinegros veio o segundo gol. Desta vez os anfitriões não esperaram tanto. Logo aos três minutos da segunda etapa, Somália tocou para Jobson, que fuzilou Márcio: 2 a 0. Qualquer chance de reação do time goiano foi sepultada quando o árbitro viu pênalti inexistente de Pituca em Lúcio Flávio, aos 18. Loco Abreu cobrou forte, no meio, e ampliou.
Os rubro-negros mostraram dignidade e foram para cima. Reagiram com dois gols. Primeiro aos 37 minutos, com Juninho. No último lance, depois de seguida pressão, Robston acertou de fora da área e venceu Jefferson.
Ficha técnica
Botafogo 3 x 2 Atlético-GO
Botafogo – Jefferson; Antônio Carlos, Leandro Guerreiro, Márcio Rosário (Danny Morais); Caio, Fahel, Marcelo Mattos, Lúcio Flávio (Edno) e Somália (Renato Cajá); Jobson e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
Atlético-GO – Márcio; Adriano, Welton Felipe, Daniel Marques e Thiago Feltri (Elias); Agenor, Pituca (Rômulo), Robston e Renatinho; Juninho e Marcão (Josiel). Técnico: René Simões.
Gols – Caio, aos 43 minutos do primeiro tempo; Jobson, aos 3, Loco Abreu (pênalti), aos 19, Juninho, aos 37, e Robston, aos 47 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos – Thiago Feltri, Pituca e Adriano (Atlético-GO).
Árbitro – Heber Roberto Lopes (Fifa-PR).
Renda – Não disponível.
Público – 17.118 pagantes.
Local – Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).
![Grupos de WhatsApp da Tribuna](/resources/images/blocks/whatsapp-groups/logo-whatsapp.png)