Com um enigma para resolver, o Botafogo recebe o Treze (PB) nesta quarta-feira, às 22 horas, no Engenhão, pelo jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil. O mistério responde pelo nome de Loco Abreu. O que acontece com o atacante uruguaio, que, de um ídolo intocável, perdeu moral com a torcida depois de início de temporada ruim? O técnico Oswaldo de Oliveira dá um voto de confiança e concede mais uma chance ao veterano de 35 anos.
“Tenho que saber como vou compor a equipe com a presença dele (Loco Abreu), mas ele joga”, antecipou Oswaldo de Oliveira, que minimizou a má fase técnica do centroavante uruguaio, poupado do clássico contra o Vasco, no último domingo, pelo Campeonato Carioca, por causa de dores musculares.
Fica, então, a interrogação sobre o rendimento de Loco Abreu e sobre quem deixa a equipe. As opções mais fortes são o atacante Herrera e o meia Elkeson. O primeiro tem o estigma de ser um jogador brigador, mas de pouca técnica. O segundo tem a pecha de jovem talentoso, mas irregular. Ambos não foram bem no clássico contra o Vasco.
Intocáveis parecem ser Fellype Gabriel, depois dos três gols no clássico carioca, e Andrezinho, que tem lidado com desgaste muscular, mas garante sua presença na partida contra o time paraibano nesta quarta-feira. Nesta terça-feira, Elkeson, Renato, Andrezinho e Fábio Ferreira não treinaram com os demais titulares, por conta do desgaste do último jogo, mas estão liberados para jogar.
Como empatou no jogo de ida por 1 a 1, o Botafogo joga nesta quarta-feira por igualdade sem gols para poder avançar à segunda fase da Copa do Brasil. O Treze se classifica com empate a partir de 2 a 2. E, como depois de uma grande vitória (3 a 1 no Vasco) costuma haver um aumento da confiança, o que pode levar ocasionalmente a um relaxamento, os líderes do elenco botafoguense pregam a humildade.
“Não pode entrar achando que vai ser fácil, temos de saber que é nas pequenas pedras que se tropeça”, comentou o goleiro Jefferson. “Se fizermos o mesmo que fizemos contra o Vasco, vamos vencer.”
O treinador do Botafogo espera um adversário menos atrevido do que o visto há uma semana, no jogo na Paraíba, mas também perigoso. “Essas equipes normalmente não apresentam o mesmo rendimento quando jogam fora. Mas mostraram qualidade, alguns jogadores interessantes”, apontou Oswaldo de Oliveira.