Bonamigo não vai deixar a coerência de lado. O treinador do Coritiba confirmou ontem a equipe para enfrentar o Palmeiras amanhã, às 20h30, no Palestra Itália. De alteração, apenas a necessária – Danilo entra no lugar do suspenso Picolli, que tomou o terceiro cartão amarelo na partida contra o Fluminense, no último sábado. Com a base montada, o técnico passa a se preocupar com as arbitragens.
O jeito calmo de Paulo Bonamigo é alterado quando se fala nas falhas de Carlos Eugênio Simon no jogo de sábado. “Nós poderíamos ter perdido a partida por causa dos erros dele”, afirma o comandante coxa, que não se conforma com a anulação do gol de Edinho Baiano. “Ele não pode dizer que houve impedimento passivo, porque o Lima e o Da Silva não participaram da jogada. E eles são orientados a ter aquele posicionamento nas cobranças de escanteio”, explica.
Por isso, ele espera que o árbitro da partida de amanhã não se complique. “A única coisa que peço é que seja um árbitro de competência e com coragem para apitar, porque a partida não será fácil. É muito complicado jogar contra o Palmeiras, ainda mais na situação em que eles se encontram”, diz o técnico.
Mas Bonamigo acredita que a arbitragem não será um problema. “Prefiro me preocupar com o Palmeiras, que tem uma ótima equipe, apesar do mau momento que atravessa”, garante o técnico alviverde, que ?espionou? o adversário de amanhã na partida contra o Paraná, domingo – mesmo sabendo que César e Lopes, que não enfrentaram o tricolor, poderão voltar, e que Arce está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Apesar disso, e de reconhecer que o Cori pode adotar uma cautela defensiva contra o Palmeiras, Bonamigo não deixa de dizer que a equipe manterá seu estilo de jogo. “Não podemos mudar nossa forma de jogar apenas porque vamos atuar fora de casa. O Coritiba tem seu estilo, e se quisermos chegar a algum lugar temos que jogar para vencer”, promete o treinador coxa.
Bonamigo só pede melhor acerto nas jogadas ofensivas. “Estamos muito bem nos desarmes e na marcação, mas erramos muito no ataque. Acho que o Coritiba é o time que mais chuta a gol neste campeonato, só que a nossa média de gols é muito baixa”, afirma. Para acertar a mira alviverde, Bonamigo comandou ontem um trabalho técnico com ênfase nos arremates a gol.
Jabá, o xodó da galera
Qualquer torcida que se preze tem um jogador que é tratado com mais carinho. Ainda mais aqueles que são ?heróis de segundo tempo?. Os mais famosos ?amuletos? foram Escurinho, no Internacional, e Fedato, no Palmeiras. Agora, o pequenino Jabá se intromete nessa lista e quer ser o talismã coxa.
Ele chegou como artilheiro do campeonato paranaense deste ano, mas ficou ao largo de outros reforços contratados para o campeonato brasileiro, só que com um atento observador. “Ele sempre treinou bem, e estava presente nos meus planos deste campeonato”, elogia o técnico Paulo Bonamigo.
O treinador não desmentiu a opinião. Apesar de nunca ter iniciado uma partida no Cori, Jabá foi utilizado nas seis partidas da equipe no brasileiro. “Ele é a opção para uma mudança de estilo de jogo”, aponta Bonamigo. Com suas lépidas arrancadas – e seu estilo peculiar, o atacante caiu nas graças da torcida logo no primeiro jogo, contra o Vitória.
E tal simbiose entre time e jogador chegou ao ápice no jogo de sábado. Ele recebeu passe preciso de Lúcio Flávio e marcou o gol da vitória coxa, poucos minutos de ter sua entrada pedida pela torcida. “Ouvir aquele povo gritar o seu nome só aumenta a vontade de jogar”, afirma Jabá, que nem se preocupa com o fato de ser reserva. “Deixa assim que está bom”, finaliza.
