O Bom Senso FC emitiu artigo, nesta terça-feira, desta vez direcionado aos deputados federais. No texto, o movimento de jogadores questiona os congressistas com relação às suas posições acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, em tramitação na Câmara dos Deputados. O título deixa claro o teor do texto: “Deputados, decidam: atletas ou cartolas?”
Diferente de outros artigos, normalmente longos, desta vez o Bom Senso é conciso a lista nove pontos em que a posição dos jogadores vai de encontro à postura defendida pelos clubes com relação ao projeto de lei citado.
Desde a semana passada o movimento dos jogadores acusa os dirigentes de clubes de não respeitarem o que foi combinado entre as duas partes durante encontro realizado no Rio no início de outubro.
O Bom Senso FC pede que os clubes não gastem mais do que 70% de seu orçamento com o futebol, que a comissão da CBF seja constituída em até 90 dias e que a partir de 2016 comecem a valer sanções aos clubes que atrasarem pagamentos.
Os clubes querem que não seja estipulado limite para pagamento e contratação de jogadores e que a lei entre em vigor apenas em 2019. Com relação à auditoria que vai fiscalizar as contas dos clubes, a alegação é de que isso cabe à CBF – que solicitou um prazo maior.
Além disso, os jogadores defendem mandatos de quatro anos com uma reeleição na CBF e poder de voto em federações e na CBF, itens que não constam no projeto dos clubes.
A Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte já foi aprovada em Comissão Especial na Câmara, mas ainda precisa ser votada em plenário para ser encaminhada ao Senado. Com a apresentação de propostas divergentes entre Bom Senso FC e clubes, a análise do projeto deve ser prorrogada, sem prazo para ser concluída.