Bolt brinca e solta ‘boato’ de que Gatlin pagou para cinegrafista atropelá-lo

Usain Bolt ganhou o tetracampeonato mundial dos 200m, fez o tradicional raio, tirou ‘selfies’ com os torcedores presentes ao Ninho do Pássaro. Deu o tradicional show, enfim. Mas talvez a grande imagem desta quinta-feira no Mundial de Atletismo em Pequim (China) tenha sido o atropelamento do astro por parte de um cinegrafista chinês sobre um diciclo – veículo elétrico de duas rodas paralelas, no qual o usuário se mantém em pé.

Bolt, já descalço, dava a volta olímpica no Ninho do Pássaro, acompanhado do cinegrafista, quando o diciclo passou por uma saliência e mudou de rumo, indo para cima do jamaicano, que estava de costas. Bolt, o cinegrafista e o diciclo (também conhecido pelo nome patenteado ‘Segway’) foram ao chão.

Na entrevista coletiva após a prova, Bolt surpreendeu ao comentar o incidente. “Não me choquei com o cinegrafista. Ele me atropelou. Agora estou tentando divulgar o boato de que Justin Gatlin o contratou”, disse, brincando. “Foi um bom susto. Quem sabe vou ter que fazer um seguro das minhas pernas. Tenho pequenos cortes, mas estou bem, então está tudo bem.”

Gatlin, que ficou com a medalha de prata, logo respondeu, e também entrou na brincadeira. “Quero então que ele me devolva o dinheiro, porque não completou o serviço. Devolva meus yuans, por favor.”

SÉRIO – Na coletiva, Bolt também falou sério. E o jamaicano deixou claro que acredita que pode ser ainda mais rápido, mirando até mesmo superar o aparentemente intransponível recorde mundial dos 200m: 19s19. “Sem dúvida que posso. Estou pronto. Se puder ter uma temporada sem lesões, não há problema. Vou chegar em grande forma no Rio e quero baixar os 19 segundos.”

Na final desta quinta-feira, Bolt largou mal e entrou na reta pouquíssimo à frente de Gatlin. O norte-americano chegou a dar a impressão de que poderia passar, mas era o jamaicano que estava em aceleração maior. A cada passada a vantagem ficava maior. Quando faltavam cerca de 20 metros para a linha de chegada, Bolt já relaxava. Antes de completar a prova, já batia no peito para comemorar o tetracampeonato, com o tempo de 19s55, melhor da temporada e o quinto melhor resultado dele na carreira nesta prova.

O tetra pode virar penta em 2017 porque Bolt admite a possibilidade de participar também do próximo Mundial. “Meu treinador me disse que se eu não foi correr com seriedade o próximo Mundial, melhor que eu não vá. Mas tudo vai depender de como me encontrarei depois do Rio”, afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo