As equipes brasileiras costumam reclamar da altitude de 3.660 metros quando viajam para La Paz para enfrentar um time local. O técnico do Santos, Muricy Ramalho, no entanto, mudou o discurso e não escondeu a preocupação com seu adversário, o Bolívar, na partida que acontecerá nesta quarta-feira, pela ida das oitavas de final da Libertadores.
Para o treinador, o time da capital boliviana “vai dar mais trabalho do que a altitude”. “O Bolívar tem bons jogadores e é bem armado. Não acho que a altitude será tanto problema assim. Na verdade, o Bolívar vai dar mais trabalho do que a altitude”, declarou, nesta terça-feira.
A análise do técnico parte de alguém que tem autoridade para comentar sobre os efeitos da altitude boliviana, já que o Santos atuou em La Paz nesta temporada. Logo na estreia da Libertadores, em fevereiro, o time brasileiro foi derrotado pelo The Strongest, por 2 a 1, justamente no Estádio Hernando Siles, onde acontecerá a partida desta quarta.
Além de Muricy, o atacante Neymar também fez questão de exaltar o adversário. Mesmo resfriado, o jogador garantiu estar preparado para enfrentar o Bolívar e a altitude. “Vai ser difícil, complicado, mas dá para fazer um jogo”, declarou. “Vamos tentar (encarar a altitude). Estou um pouco resfriado, mas vamos tentar”, completou.
Para o confronto desta quarta, o Santos não poderá contar com Fucile, com lesão no pé esquerdo, e Henrique, que torceu o joelho direito. A boa notícia é que o estado dos jogadores animou os médicos do clube, que acreditam que ambos possam voltar a campo já no domingo, diante do São Paulo, no Morumbi, pelas semifinais do Campeonato Paulista.
Como parte do planejamento para o jogo diante do Bolívar, o Santos vai para La Paz apenas momentos antes da partida. A delegação saiu do CT Rei Pelé pouco antes do meio-dia nesta terça, embarcará para a Bolívia às 16 horas, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e dormirá em Santa Cruz de la Sierra.