Bolivar é suspenso pelo tempo que Dodô ficar parado

O zagueiro Bolívar recebeu nesta segunda-feira a mais dura pena já aplicada a um jogador de futebol brasileiro por um lance de jogo. O atleta do Internacional foi julgado nesta noite pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (SJTD) e condenado a ficar suspenso até que o lateral-esquerdo Dodô, do Bahia, a quem ele atingiu com falta dura no confronto entre as duas equipes, possa voltar a jogar futebol.

No jogo entre Internacional e Bahia, no dia 16 de novembro, pela 35.ª rodada do Brasileirão, Bolívar entrou duro em Dodô, dentro da área gaúcha, e acertou as travas da chuteira no joelho do lateral-esquerdo, que precisou ser substituído. O árbitro Paulo César de Oliveira marcou apenas jogada violenta e deu cartão amarelo ao zagueiro.

As imagens do jogo, porém, mostraram a falta e colocaram em julgamento nesta segunda também o árbitro paulista, que reconheceu o erro, disse que deveria ter expulsado o atacante, mas alegou estar com a visão encoberta. Por isso, acabou absolvido por unanimidade.

Já o zagueiro Bolívar, que esteve presente ao julgamento, não passou impune. Denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, ele recebeu por unanimidade a pena máxima: “ficar suspenso até que o atingido esteja apto a retornar ao treinamento, respeitando o prazo máximo de 180 dias”, além de quatro jogos de gancho, período que deverá estar incluso na pena maior. A pena é inédita.

Dodô, que é jogador do Corinthians e está emprestado ao Bahia, teve que ser submetido a uma cirurgia para reconstituir o ligamento anterior do joelho esquerdo e não deverá retornar antes de 180 dias. Assim, Bolívar perderia todo o Campeonato Gaúcho e só poderia participar de uma possível reta final da Copa do Brasil ou da Libertadores.

O advogado do Internacional, Rogério Pastl, considerou muito severa a punição e afirmou que o clube vai entrar com um efeito suspensivo para garantir que Bolívar enfrente o Grêmio, domingo, na última rodada do Brasileirão. Depois, tentará reverter a decisão. “Nosso foco é deixar que essa pessoa (Bolívar) exerça sua atividade profissional. Vamos buscar a reversão desta decisão. O Bolívar está muito tranquilo, sabe que não cometeu um ato para uma repreensão deste tamanho e vai treinar normalmente com o time amanhã (terça)”, disse Pastl, à Rádio Gaúcha.

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