Reforço contratado para esta temporada, o volante argentino Mario Bolatti foi oficialmente apresentado nesta quarta-feira como novo jogador do Botafogo e, após vestir a camisa do clube, festejou o fato de que poderá atuar ao lado de outros jogadores estrangeiros. Emprestado pelo Internacional por um ano, ele terá a companhia do seu compatriota Ferreyra e do uruguaio Lodeiro no time carioca e disse que o fato irá facilitar a sua adaptação à equipe carioca.
“Como sou argentino, quando estou fora do país e tenho companheiros assim, fica mais fácil a adaptação. Quando se joga fora do país e encontra jogadores que falam a sua língua é muito bom. Significa muito. E é importante fazer parte do Botafogo, um clube que historicamente tem jogadores estrangeiros que deixam boa marca”, disse Bolatti, apresentado como reforço um dia depois de o holandês Seedorf ter anunciado a sua aposentadoria para assumir o comando do Milan como técnico.
Bolatti também espera que a mescla de jogadores sul-americanos possa fazer o Botafogo se tornar mais forte para a disputa da Copa Libertadores, torneio que o time não joga desde 1996. “O mais importante é o grupo estar unido e superar qualquer coisa. Temos jogadores argentinos, uruguaios e brasileiros. É preciso poder estar unido para brigar pela Libertadores. Seria um título muito importante”, destacou.
O reforço ainda assegurou que não fica incomodado com o fato de hoje contar com outros oito volantes em seu elenco. São eles: Marcelo Mattos, Gabriel, Aírton, Rodrigo Souto, Renato, Dedé, Fabiano e Sidney. “Tem muitos jogadores, mas tem muitas competições. O Botafogo vai jogar muitos torneios, isso dá oportunidade para todos. Todo mundo tem que estar preparado para aproveitar sua chance no momento certo”, disse.
Já ao ser questionado sobre a possibilidade de voltar à seleção argentina e jogar a Copa de 2014, Bolatti exibiu um discurso humilde, depois de ter sido convocado por Diego Maradona para jogar o Mundial de 2010 após marcar o gol da vitória sobre o Uruguai que garantiu o seu país na competição realizada na África do Sul.
“Jogador que passou pela seleção sempre tem o sonho de voltar. Mas sou consciente que hoje o momento é delicado. Minha intenção é dar o melhor para o Botafogo e para a seleção olhar um pouco. Mas o grupo está armado e bem fechado, é complicado fazer parte deste grupo (da Argentina)”, admitiu.