Amanhã é o dia “D” para o futuro político do Paraná e do Brasil. Milhões de cidadãos vão às urnas para decidir quem será o novo presidente do País, que ficará no cargo por quatro anos. Juntamente com ele, haverá renovação de todas as cadeiras da Câmara dos Deputados e dois terços do Senado. Também o poder se renova ou dá continuidade a quem comanda os poderes Executivo e Legislativo nos estados, elegendo governadores e deputados estaduais. Em números absolutos, será a maior eleição da história.

Enquanto o País estará aguardando os resultados das urnas, no mundo da bola a rotina segue praticamente inalterada. Apesar de a Confederação Brasileira de Futebol ter optado por não realizar rodada amanhã, as eleições não mobilizarão muitos atletas.

E a justificativa é simples. Com as constantes transferências de clubes, poucos são os jogadores que votarão em Curitiba. As exceções são os que tiraram o título na capital paranaense e permanecem aqui. A grande maioria terá de justificar o voto.

É o caso do meia do Coritiba, Roberto Brum. Criado em um lar politizado, onde a mãe sempre esteve engajada em campanhas políticas, o jogador lamenta o fato de não poder comparecer à sua seção eleitoral, no Rio de Janeiro. “Fica complicado quebrar a rotina em meio a uma competição. Mas acompanhei a campanha e após o último debate dos candidatos, estou convicto de que a melhor opção é o Garotinho”, palpita.

As idas e vindas dos atletas provoca fatos curiosos. O zagueiro paranista Fábio Luiz, por exemplo, tem o título há onze anos, mas votou a primeira e única vez nas últimas eleições, para prefeito e vereador. “São ossos do ofício. É uma pena raramente podermos ajudar a escolher os comandantes.”

Numa jogada de sorte, os goianos Rogério Correia e Rogério Souza, do Atlético, poderão ir às urnas. Como o Rubro-Negro enfrenta o Goiás, hoje, os dois estão autorizados a permanecer em Goiânia amanhã. “Foi uma agradável coincidência. Não são muitos os atletas que têm a chance de exercer esse direito”, comemorou Correia. Para Souza, participar da escolha dos comandantes do País é fundamental. “É muito importante poder participar da condução do destino da nação.”

Pepino

Independente de não ter seus títulos vínculados, os atletas que não votarem terão de justificar o voto, preenchendo um formulário em qualquer seção eleitoral. O processo é fundamental para evitar problemas futuros, como por exemplo não poder sair do País a passeio ou para trabalhar.

O atacante Márcio, do Paraná, viveu dias de agonia antes de viajar com a delegação paranista para a Ucrânia, na pré-temporada do Tricolor. Quando a comissão organizadora dos amistosos na Europa foi retirar os vistos de viagem, constatou-se que Márcio tinha porblemas com a Justiça Eleitoral. “Eu justifiquei o voto, mas como houve recontagem na minha cidade, aconteceu algum erro que me complicou”, justificou o artilheiro à epoca.

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