Boca Juniors confirma acerto com técnico Schelotto

Horas após demitir Rodolfo Arruabarrena, a diretoria do Boca Juniors anunciou nesta terça-feira a contratação de Guillermo Barros Schelotto, um dos grandes ídolos do clube argentino, como seu novo treinador. “Amanhã vamos apresentar o novo treinador, que é Guillermo Barros Schelotto”, informou o presidente do clube, Daniel Angelici, em entrevista à rádio La Red.

Angelici, contudo, não confirmou se Schelotto já comandará o time na partida desta quinta-feira, contra o Racing, pela Copa Libertadores. Após a demissão de Arruabarrena, o dirigente havia indicado que o ex-zagueiro do time Rolando Schiavi seria o interino. Se não comandar a equipe nesta quinta, Schelotto deverá estrear logo no clássico com o River Plate, domingo, em rodada do Campeonato Argentino.

Ao fazer o anúncio, o presidente disse que Schelotto era seu preferido desde o início, apesar das especulações da imprensa local, que apontava Jorge Sampaoli, ex-técnico da seleção chilena, como possível contratado para comandar o tradicional clube argentino. “Guillermo sempre esteve na minha cabeça. Sempre foi um ídolo do Boca”, declarou o mandatário do Boca.

Schelotto fez história no time ao integrar a geração que conquistou nada menos que 16 títulos entre 1997 e 2007, entre eles quatro troféus da Libertadores. Depois de deixar o Boca, o ex-atacante atuou pelo Columbus Crew, dos Estados Unidos, e voltou à Argentina para defender o Gimnasia La Plata. Em 2011, deixou o clube e se aposentou.

No ano seguinte, ele deu início a sua carreira de treinador ao comandar o Lanús. Comandou a equipe entre 2012 e 2015 e neste período foi campeão da Copa Sul-Americana, em 2013. No início deste ano, foi contratado pelo Palermo, da Itália, mas nem pôde começar seu trabalho no time por não cumprir com as exigências da federação italiana.

No Boca, ele substituirá Arruabarrena, demitido nesta terça, apesar do retrospecto razoável à frente do time. Em 75 jogos, acumulou 47 vitórias, 13 empates e 15 derrotas. Mas, apesar dos números gerais positivos, pesava contra o treinador os resultados diante dos outros principais clubes da Argentina: River, Racing, Independiente e San Lorenzo. Ele só conseguiu ganhar três de 15 clássicos e perdeu nove deles, além de ter sido eliminado pelo River na edição passada da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

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