Chegou a tal ponto o diz-que-diz sobre o mercado de pilotos ontem em Barcelona, que uma equipe radicalizou. Para variar, foi a Red Bull -que em menos de dois anos de F-1 já ganhou troféus informais de simpatia, criatividade e capacidade de gerar mídia espontânea.
Foi o dia ideal para inventar histórias, porque na pista pouca coisa aconteceu. Como todas as equipes testam à exaustão no circuito da Catalunha, não há bons motivos para gastar pneus e motores nos dois treinos livres.
É por isso que o paddock virou palco de fofocas de todos os tipos, a maioria delas envolvendo personagens-chave para 2007, como Michael Schumacher e Kimi Raikkonen. A ?notícia? do dia foi a de que o finlandês vai mesmo para a Ferrari e o alemão pára de correr, isso dois dias depois de Kimi ter sido ?contratado? pela Renault para disputar uma ou duas temporadas enquanto Michael não se aposenta.
A Red Bull, do segundo escalão da categoria, também foi envolvida na boataria: Robert Doornbos, seu piloto de testes, estaria prestes a substituir Christian Klien. Claro que do ponto de vista jornalístico é notícia menor, que não mereceria nenhum destaque perto das especulações envolvendo os peso-pesados Schumacher e Raikkonen.
Então, a equipe decidiu brincar com a situação em seu comunicado de imprensa oficial. O texto informa que ?para acabar com os boatos, a Red Bull decidiu esclarecer quais serão os companheiros de equipe de David Coulthard até o fim da temporada?.
Num dia em que os cronômetros não puderam gerar nenhuma manchete, ponto para a Red Bull, que ao menos fez rir. Porque hoje a coisa é séria, com a definição do grid para a sexta etapa do Mundial, a partir das 9h de Brasília.