BNDES vai acompanhar de perto as obras na Arena

Desde que a legalidade das obras de remodelação da Arena da Baixada foi colocada em xeque, em outubro do ano passado, quando o ex-vice-presidente do Atlético, José Cid Campêlo Filho, denunciou que parentes do presidente atleticano Mário Celso Petraglia estariam sendo favorecidos na prestação de serviços ao estádio, o clube e a CAP S/A passaram a ser fiscalizados com mais rigor pelos organismos como Ministério Público, Tribunal de Contas do Paraná, Assembleia Legislativa, que criou uma CPI, e Câmara de Vereadores. Agora, a obra rubro-negra ganhou mais um fiscal: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O BNDES, que aceitou financiar R$ 131,1 milhões para a Arena da Baixada, promete ser rigoroso na vigilância. Isto porque, a liberação do restante das parcelas dependerá de um parecer de técnicos da própria instituição bancária, que a partir de agora passa a fazer visitas ao estádio atleticano regularmente para comprovar se a CAP S/A usou os recursos da primeira parcela (R$ 26,2 milhões) na obra, e de que forma. Na prática, os cofres da gestora da reforma do estádio só vão receber uma nova quantia oriunda do BNDES se for comprovado o bom uso dos R$ 26,2 milhões, que correspondem a 20% do total do financiamento.

De acordo com o BNDES, as obras de remodelação da Arena da Baixada se encaixam no rol das grandes operações, já que o valor financiado ultrapassa R$ 10 milhões. Por isso, os técnicos farão esse acompanhamento mais detalhado. O clube terá que apresentar também um resumo detalhado das operações e realizar uma prestação de conta junto à instituição bancária. Os trâmites para que a CAP S/A receba as parcelas seguintes do financiamento não param por aí. Para utilizar a parcelas superiores a 20% do crédito, o clube terá que apresentar uma série de documentos. Entre eles, o projeto executivo da Arena aprovado pela Fifa, um contrato firmado com entidade certificadora de qualidade ambiental internacionalmente reconhecida ou acreditada pelo Inmetro, além de um contrato firmado com empresa independente para auditar a execução físico-financeira dos investimentos.

Por último, o clube terá que apresentar uma descrição dos projetos básicos e providenciar a contratação das obras de intervenção no entorno da Arena da Baixada. Depois de todo esse processo, a CAP S/A poderá receber mais uma parcela do financiamento. Porém, não há prazo para que uma nova cota seja liberada pelo BNDES.

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