A CAP S/A deverá receber, nos próximos dias, a última parcela de R$ 6,5 milhões referente ao financiamento de R$ 131,1 milhões do contrato firmado em 2012 junto ao BNDES. Porém, diferentemente do que estava tratado, o montante será liberado com 90,6% das obras concluídas, e não mais 95%, como estava sendo divulgado. De acordo com a Fomento Paraná, intermediadora do financiamento, será cumprido o que consta no contrato, que condicionava a liberação da última parcela quando o nível de execução das obras atingisse 90%.

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O nível de execução de 90,6% foi crivado pela Price Waterhouse e o percentual é correspondente ao dia 15 de fevereiro. Com isso, a Fomento Paraná já fez a solicitação da liberação da última parcela na instituição financeira e o montante deverá chegar aos cofres do clube nos próximos dias. Assim, a CAP S/A garante um fôlego financeiro a mais, capaz de manter o ritmo acelerado das obras até o dia 15 de março, segundo os engenheiros responsáveis pela reforma do Joaquim Américo. A entrada de novos recursos vem em boa hora para que o estádio fique pronto a tempo de receber os jogos da Copa do Mundo, já que o clube aguarda o adiantamento da nova linha de crédito que será repassada pela Fomento Paraná no valor de R$ 65 milhões.

A quantia, na verdade, será viabilizada pelo BNDES, que ainda analisa o pedido feito pelo banco estadual no valor de R$ 250 milhões, que servirá para capitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que é gerido pela instituição financeira e ficou comprometido com o empréstimo feito ao Atlético, no final do ano passado, também no valor de R$ 65 milhões.

A demora para a liberação da nova linha de crédito no BNDES pode ser de até dois meses. Enquanto isso, segundo o engenheiro Luiz Volpato, diretor de projetos e construção das obras da Arena da Baixada, o valor a ser adiantado pela Fomento Paraná no valor de R$ 65 milhões deverá ser divido em seis parcelas, sendo duas por mês nos próximos três meses até maio.

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O novo contrato de financiamento está sendo discutido. Diferentemente do que foi passado pelos engenheiros responsáveis da obra, que tinham a expectativa que o contrato seria assinado ontem, algumas cláusulas ainda carecem de uma discussão maior. A principal delas está nas garantias que o Atlético vai dar.

No pedido de financiamento, o clube frisou que as garantias ainda estão sendo definidas, mas nos bastidores especula-se que a CAP S/A quer que a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado também participem do acordo como parte do contrato tripartite. Porém, o documento assinado é válido para cobrir os custos de R$ 184,6 milhões, confirmado pelo clube em julho de 2011. Depois disso, os poderes municipal e estadual garantem que o Atlético se comprometeu a arcar com qualquer valor adicional no custo final das obras, que chegou a R$ 330 milhões.

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