O presidente Joseph Blatter e outros dirigentes da Fifa que participaram da votação que escolheu a Rússia e o Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 estão sendo questionados pelo promotor de questões éticas da entidade, Michael Garcia.

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“Garcia está atualmente em Zurique questionando alguns membros do Comitê Executivo da Fifa como parte de seu trabalho”, disse o organismo gestor do futebol mundial em um comunicado divulgado nesta quinta-feira. Blatter, o presidente da Uefa, Michel Platini, e outros 11 dirigentes que votaram em 2010 ainda fazem parte do comitê.

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A escolha das sedes foi marcada por numerosas acusações de irregularidades, mesmo antes da votação, como quando dois dirigentes foram suspensos pela Fifa depois que o jornal britânico Sunday Times informou que eles tinham recebido subornos.

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Dos nove diretores que votaram e se afastaram da Fifa desde então, o catariano Mohammed bin Hammam foi banido por toda a vida em 2012 por transações ilegais como presidente da Confederação Asiática de Futebol.

O jornal britânico Daily Telegraph disse que tinha provas de que US$ 2 milhões de uma empresa de construção em Doha controlada por Bin Hamman foi parar em contas de Jack Warner, de Trinidad e Tobago, que foi durante anos presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa.

O Comitê Organizador da Copa do Mundo do Catar negou irregularidades em sua campanha em busca da sede e se distanciou de Bin Hammam, dizendo que se erros foram cometidos, eles aconteceram de forma “individual”.

Garcia disse que a investigação “vai levar vários meses”. Quando concluída, ele irá apresentar um relatório ao Comitê de Etica da Fifa, dirigido pelo alemão Joachim Eckert, que decidirá se a impõe sanções.

Blatter disse que a Rússia e o Catar sediarão as Copas, independentemente dos resultados da investigação. A data do Mundial do Catar, no entanto, provavelmente será alterada em razão do forte calor do meio do ano no país.