Às vésperas para o início da Copa do Mundo no Brasil, no dia 12 de junho, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, amenizou o discurso e minimizou os problemas enfrentados pelo País na organização do torneio. Depois de muito criticar os atrasos nas obras dos estádios, o dirigente garantiu que os considera “normais”, mas ainda assim deu uma “alfinetada” na preparação brasileira.
“O Brasil terá um Mundial bem feito. Parte dos atrasos se deve à falta de atividade dos brasileiros durante anos, mas estamos no caminho para terminar todos os estádios. Não é a primeira vez que nos últimos dias antes de um Mundial temos que fazer algo nos estádios”, declarou, nesta quinta-feira.
Blatter só intensificou as críticas ao falar sobre o Itaquerão. Além de reclamar do atraso na entrega, o presidente da Fifa criticou o episódio ocorrido no último sábado, quando um operário morreu ao cair de uma altura de aproximadamente oito metros. Segundo o dirigente, os responsáveis pelo estádio falharam na segurança aos trabalhadores.
“No Brasil temos um problema com o estádio de São Paulo. Teve um acidente com uma pessoa que faleceu, mas quando se trabalha em uma construção de dois ou mais metros é preciso ter a responsabilidade de dar segurança aos trabalhadores, e eles não fizeram isso”, comentou.
O presidente da Fifa também descartou que a entidade tenha qualquer responsabilidade pelo acidente. “Quem é o responsável por isso? É a Fifa? Todo mundo aponta para a Fifa e não é válido. É uma condição básica dar aos trabalhadores as condições necessárias para fazer o trabalho. Nós não podemos ir a cada uma das construções e vigiar. Mas o Brasil vai fazer um grande Mundial”, aliviou.
O Itaquerão é um dos estádios que ainda não foram entregues para a Copa. Assim como o Beira-Rio, encontrou problemas na instalação das estruturas móveis. Outro estádio que está bem atrasado é a Arena da Baixada, que, por conta dos obstáculos enfrentados, fez com que Curitiba chegasse a ficar ameaçada de perder a condição de ser uma das sedes do torneio.