Em seu primeiro evento oficial no Brasil, às vésperas da Copa do Mundo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, entregou formalmente a taça do Mundial às mãos da presidente do país-sede, Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, em Brasília. Dilma chegou a erguer a taça sobre a cabeça, na companhia do ex-lateral Cafu, capitão do penta, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

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Otimista, Blatter fez diversos elogios ao Brasil e mostrou confiança no sucesso do Mundial. “Será uma grande Copa do Mundo. Vamos fazer juntos o máximo para que esta seja a melhor Copa do Mundo na história. Toda a nação está torcendo pelo sexto título”, declarou o dirigente, em português, mantendo o discurso de aproximação com o governo brasileiro depois de causar atritos no passado por conta de críticas públicas aos atrasos na preparação para o evento.

Nas últimas semanas, Blatter vinha alternando críticas e afagos ao governo brasileiro em entrevistas e declarações públicas. O dirigente tenta desviar para o governo as críticas à Fifa, alvo constante de manifestantes nos protestos de rua pelo País. Mas, ao mesmo tempo, quer evitar atritos com Dilma e o ministro do Esporte durante o Mundial.

Na semana passada, ele amenizou o discurso e passou a se aproximar do governo ao dizer que estava no “mesmo barco” que a presidente. Para tanto, definiu como primeiro compromisso no Brasil uma visita à Dilma, após desembarcar em solo brasileiro no domingo. “Gostaria de agradecer às autoridades brasileiras, em especial à presidente Dilma, pelo apoio e comprometimento para entregar a Copa das Copas”, discursou Blatter nesta segunda-feira.

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Ele também fez elogios à economia do Brasil e lembrou dos benefícios que a Copa trará ao País. “O Brasil é uma potência do futebol mundial, mas também é agora uma força da economia mundial. Temos certeza de que esse evento vai dar ao Brasil uma oportunidade de se promover para o planeta”, afirmou.

“Durante um mês, todos os olhos do mundo vão se voltar para o Brasil. É uma promoção excepcional do seu País, senhora presidente”, declarou ele, dirigindo-se à Dilma. “A minha esperança é de que durante esse período o futebol seja uma forma de unir pessoas, como um símbolo de paz.”

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Blatter ainda lembrou dos esforços para que a Copa contribua para reduzir o preconceito. “A 20ª Copa do Mundo será também uma forma de lutar contra a discriminação e o racismo”, disse o dirigente.

POLÊMICA – Antes da cerimônia, Blatter se reuniu por 45 minutos com Dilma. Abordado por jornalistas na entrada do Palácio do Planalto, o presidente da Fifa evitou responder a perguntas de repórteres sobre as denúncias envolvendo a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.