Se depender da análise do técnico francês Laurent Blanc, o Brasil é franco favorito para o confronto de quarta-feira contra a França, no Stade de France. Apesar da recente “freguesia” da seleção verde-amarela, derrotada nas Copas de 1986, 1998 e 2006, o treinador acredita na superioridade da escola brasileira.
Descrevendo ambos os times como “equipes em formação e em reconstrução”, Blanc mesmo assim coloca o Brasil pelo menos um patamar acima. “Eles têm quase que os melhores jogadores do mundo em todas as posições. É certo que não estão Kaká e Ronaldinho, mas dos 23 jogadores convocados, 15 ou 16 são muito conhecidos e jogam nos grandes clubes europeus. São novos na seleção, mas podem se unir aos melhores jogadores do mundo individualmente. Na França não é igual”, lamentou.
Apesar de três das últimas grandes gerações do futebol brasileiro terem tido frustrado o sonho de ganhar uma Copa do Mundo parando na seleção francesa, Blanc acredita que o Brasil segue sendo o maior produtor de craques do futebol mundial: “Cada geração, cada década, forma uma geração extraordinária, não falta quem honre a camisa do Brasil” – analisou – “Eu não estaria preocupado se fosse brasileiro, porque eles sempre estarão na elite do futebol”.
Para vencer o Brasil, o treinador quer explorar a preferência brasileira pelo ataque: “Eles não gostam de defender. São artistas natos. Temos que roubar a bola e sermos tecnicamente bons com ela. Mas temos também que ser perigosos no terreno ofensivo, confiando em nossas qualidades”.
Blanc acredita que uma vitória sobre o Brasil aliviaria a dor do fiasco da África do Sul. Para ele, o que pode atrapalhar os comandados de Mano Menezes é o lado emocional, uma vez que a França e o Stade de France trazem péssimas recordações para o futebol brasileiro. Foi ali que a seleção de 1998 perdeu a final da Copa do Mundo para a França de Zidane por 3 a 0.