Mais do que eventos esportivos, os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo são plataformas econômicas para atrair investimentos em diferentes setores. A constatação foi feita pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair durante o debate “Esportes: no caminho do ouro, dos gols e do crescimento”, no Fórum Econômico Global na América Latina, no Rio. Blair citou as edições da Olimpíada realizadas em Seul (1988), Barcelona (1992) e Sydney (2000) como exemplos bem-sucedidos de eventos que mudaram os patamares econômicos das cidades-sede.

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“Esse é um dos quatro pontos importantes em termos econômicos relacionados aos grandes eventos esportivos. Os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo devem ser usados para se criar outras plataformas econômicas para as cidades e países-sede”, afirmou Blair, um dos responsáveis pela organização da Olimpíada de Londres, que ocorrerá no ano que vem.

Além da possibilidade de diversificar a matriz econômica, o ex-primeiro-ministro britânico também citou outras três conquistas que considera importantes para as cidades-sede destes megaeventos esportivos. São elas: os investimentos diretos em infraestrutura e o consequente aumento de postos de trabalho; a possibilidade dos métodos de trabalho e governança usados na organização dos eventos serem disseminados em todos os órgãos da administração pública; e a chance de melhorar a percepção do resto do mundo em relação aos países que recebem a Copa ou a Olimpíada.

Após o debate, Blair evitou o contato com a imprensa e não respondeu a perguntas sobre o casamento real, realizado nesta sexta-feira, em Londres, e o fato de não ter sido convidado para a cerimônia. Ele saiu acompanhado por seguranças.

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