Apesar de ter sido chamado de “traidor” por Diego Maradona, o diretor-técnico da Associação Argentina de Futebol (AFA), Carlos Bilardo, afirmou neste domingo que não tem mágoa do ex-técnico da seleção argentina e que as portas estarão abertas se ele quiser retornar ao cargo.
Comandante da Argentina de 2008 até a Copa do Mundo de 2010, Maradona não renovou o contrato para seguir no cargo porque não concordou com a reformulação da comissão técnica proposta pela AFA após a eliminação frente à Alemanha na África do Sul. Na coletiva em que se despediu do cargo, na semana passada, o ex-jogador disse que Julio Grondona, presidente da entidade, havia mentido para ele, e que Bilardo havia o traído.
“Se Diego quiser conversar… Não sei o que pode acontecer. Tudo é questão de conversar. Eu não fecharia nenhuma porta”, disse Bilardo, que mantém uma relação de altos e baixos com Maradona desde 1986, quando o dirigiu na vitoriosa campanha da Argentina na Copa do México.
Bilardo foi o único nome da comissão técnica mantido por Grondona e será o responsável por escolher o novo treinador da seleção. Alejandro Sabella, do Estudiantes de La Plata, e Miguel Ángel Russo, do Racing, são os favoritos ao cargo. “Todos têm chances. Quando me pedirem para sugerir um técnico, vou dar um nome e o comitê executivo decide. Eu não sou o dono da AFA”, afirmou Bilardo.