Três biatletas russas abriram uma ação judicial contra o ex-diretor do laboratório antidoping do seu país, o médico Grigory Rodchenkov, sob a alegação de que ele danificou suas imagens e destruiu suas carreiras com mentiras.
As atletas apresentaram uma denúncia por difamação na Corte Suprema do estado em Manhattan e exigem o pagamento de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 98 milhões) pelo médico, que hoje reside escondido nos Estados Unidos.
A ação, apresentada pelas biatletas Olga Zaytseva, Yana Romanova e Olga Vilukhina, afirma que as acusações falsas apresentadas por Rodchenkov terminaram por privá-las “da conquista mais importante de suas vidas, que tinham ganho”.
Elas afirmam que perderam a medalha de prata conquistada em uma prova de revezamento em Sochi-2014 devido “às declarações difamatórias” de Rodchenkov. “Toda essa carnificina no esporte profissional foi baseada na palavra de Rodchenkov, um criminoso e mentiroso profissional”.
Jim Walden, advogado de Rodchenkov, considerou que a ação é “uma invenção tola sem chance de ficar de pé”. Ele acrescentou que “isso não afetará de forma alguma a valente decisão do médico Rodchenkov de continuar dizendo a verdade e de testemunhar contra aqueles que fazem coisas erradas”.
Anteriormente, Rodchenkov entregou documentos em que descreve o complexo esquema russo para evitar as descoberta de casos de doping. As evidências foram citadas para após as acusações sobre um complô para substituir as amostras de urina nos Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, em esquema que também teria sido utilizado no atletismo.
As revelações levaram os russos a competir nos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, com uma delegação reduzida a 168 atletas, que foram liberados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para participarem sob uma bandeira neutra como “atletas olímpicos da Rússia”.