Manifestantes de Belo Horizonte aderiram ao protesto nacional contra a realização da Copa do Mundo e ocuparam parte da Praça Sete de Setembro, no Centro da capital mineira. Cerca de 100 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram do protesto e o grupo chegou a interditar parte da avenida Afonso Pena, a principal artéria da região.
Desde o fim da tarde a PM e a Guarda Municipal já havia reforçado a segurança na área, a mesma de concentração para as manifestações ocorridas em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações. Inicialmente, cerca de 50 punks reuniram-se no local e os militares fizeram uma revista geral, apreendendo sprays e garrafas de material inflamável. “Isso pode ser usado como coquetel molotov”, justificou o tenente Russo, do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE).
Quando outros manifestantes, inclusive com camisas do PSTU, chegaram à Praça, o grupo se dividiu. Os punks ocuparam o “Pirulito”, obelisco no cruzamento da Afonso Pena com avenida Amazonas, enquanto os demais permaneceram no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro. Apenas quando o grupo do “Pirulito” resolveu se deitar na Afonso Pena todos se uniram no mesmo protesto. “Não é apenas contra a Copa. É contra todo o sistema, Estamos fazendo nossa cena”, disse o punk Augusto Felipe dos Santos, de 18 anos.
Pouco antes das 19h, o grupo fechou toda a avenida, mas, após rápida conversa com representantes da PM, os manifestantes concordaram em liberar uma das pistas. Pelo horário de reduzido movimento, o ato teve pouco reflexo no tráfego e terminou de forma pacífica, já no início da noite.
“Reforçamos o policiamento porque havia previsão desse encontro e resolvemos fazer a revista porque esse pessoal (punks) foi o que mais criou problema no ano passado”, disse o tenente Russo. “Mas estamos aqui para garantir tanto o direito de se manifestar quanto o do resto das pessoas de ir e vir”, completou o oficial.
PORTO ALEGRE – Apesar de haver mais de 2 mil confirmações no Facebook, a manifestação convocada pelo grupo Anonymous neste sábado, na capital dos gaúchos foi um fracasso total. Cerca de 30 pessoas esperaram das 17h até as 19h na frente da Prefeitura Municipal e resolveram dispersar depois de gritarem algumas palavras de ordem contra a realização da Copa do Mundo.
Vestidos de preto, com máscaras , alguns tocando tambores, os integrantes do grupo não conseguiram sensibilizar os gaúchos que passavam e olhavam desconfiados para a manifestação, menor do que a aglomeração popular em torno de um cantor gospel que acontecia há pouco mais de 50 metros, no Largo Glênio Peres.