Embora a Argentina figure hoje apenas na nona colocação do ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e tenha ficado longe de lutar por títulos de expressão na modalidade nos últimos anos, o técnico Bernardinho teme a força do adversário no confronto com a seleção brasileira masculina neste domingo, às 4 horas (horário de Brasília), em Hamamatsu, no Japão, na abertura da terceira fase da Copa do Mundo.

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Antes de encarar o adversário, o treinador fez uma série de elogios ao time argentino e deixou em segundo plano o favoritismo do Brasil, que está na terceira posição da competição que garante três vagas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Nem o fato de a seleção ter vencido os últimos três confrontos que travou com a Argentina, na Liga Mundial, no Campeonato Sul-Americano e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, ilude o comandante brasileiro.

“A Argentina é um rival tradicional do Brasil. Uma equipe que, historicamente, sempre foi uma pedra no sapato e que, em muitas disputas importantes, venceu o Brasil. É uma equipe jovem, com grandes jogadores que são filhos das antigas gerações vencedoras da Argentina, e muito bem comandada pelo Weber”, afirmou Bernardinho, que também não se empolgou com o fato de a Argentina ter sido derrotada pela modesta seleção iraniana na última rodada da segunda fase da Copa do Mundo.

“É uma equipe que vem bem nesta Copa do Mundo, embora tenha sido surpreendida na última partida, quando perdeu para o Irã. Mas é uma equipe que está na briga pela classificação diretamente”, analisou o treinador, para depois fazer elogios de forma individual aos argentinos.

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“A Argentina tem um ótimo levantador, o De Cecco, que é muito habilidoso, joga com muita velocidade, finta bastante, usa muito a bola de segunda, é agressivo e muito competente. Os ponteiros são Quiroga e Conte, filhos de grandes ex-jogadores. Acredito que o Conte, entre esses atletas jovens, esteja entre um dos principais. É um ponteiro com muita velocidade e boa variação de golpes, entre outras qualidades.

O Pereyra é um oposto que vem crescendo muito. E eles têm dois centrais, Crer e Solé, muito jovens, mas que cresceram muito e que começam a chegar no patamar dos principais centrais do mundo”, completou Bernardinho.

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A Argentina, porém, está apenas na sétima colocação desta Copa do Mundo, com nove pontos em cinco partidas disputadas até aqui, tendo acumulado três vitórias e duas derrotas. E a melhor posição dos argentinos na competição foi um quinto lugar em 1985. Depois de encarar o tradicional rival, o Brasil enfrentará Cuba, na segunda-feira, e a Sérvia, na terça, em seu último confronto nesta terceira fase. E, após os duelos em Hamamatsu, a seleção fechará a sua participação na competição em Tóquio, onde irá enfrentar o Irã, na sexta, a Polônia, no sábado, e o Japão, no domingo.