Bernardinho não privilegiará atletas que atuam no País

O técnico Bernardinho, que já tem quase tudo acertado para permanecer no comando da seleção brasileira masculina de vôlei em 2009, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de formar uma equipe somente com jogadores que atuam no País. Dos atletas que conquistaram a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, sete estão disputando a atual edição da Superliga.

“Não podemos restringir, a seleção tem sempre que ser formada pelos melhores. É bom ter excelentes jogadores atuando aqui, mas também temos ótimos nossos em países como a Rússia e a Itália”, declarou, durante participação no evento ‘A Função Social do Esporte’, realizado em São Paulo.

Atualmente, Giba e Dante jogam no voleibol russo, enquanto Murilo, Rodrigão e Gustavo estão em times italianos. Os outros brasileiros que foram a Pequim estão em clubes no País. No entanto, Bernardinho, que treina o Rexona/Ades na Superliga feminina, reconheceu que o retorno de jogadores da seleção para o vôlei nacional suscita um maior interesse do público pela competição.

“O interesse é mais do que justo”, afirmou. Apesar disso, ele disse que não seria ruim voltar a contar com mais atletas estrangeiros na Superliga. “Se eu puder trazer um jogador estrangeiro que é competitivo eu vou trazer, mas hoje não é o caso”, assinalou, se referindo a alta do dólar, que dificulta este tipo de contratação.

Além disso, neste momento a intenção da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) é dar cada vez mais espaço para os jogadores brasileiros na Superliga. “A intenção da CBV é relativamente importante, pois quem decide são os clubes que vão pagar a conta. Mas é claro que tem que privilegiar as atletas daqui, já que temos um projeto que vai além da competição”, declarou Bernardinho.

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