O técnico Bernardinho voltou às quadras neste sábado pela primeira vez após anunciar a saída da seleção brasileira, na última quarta-feira. Ele comandou o Rio de Janeiro na vitória por 3 sets a 0 sobre o Valinhos, no interior de São Paulo, pela Superliga Feminina de Vôlei.
Ao deixar a quadra, ele falou sobre a mudança de treinador no time nacional e revelou que não esperava pela chegada de Renan Dal Zotto ao cargo que ele ocupou por mais de 15 anos. “O nome natural não era o dele, porque eu preparei um sucessor, um cara espetacular. Criei uma expectativa no Rubinho, mas a escolha é da CBV”, comentou.
Apesar de ter sido surpreendido pela decisão da Confederação Brasileira de Vôlei, Bernardinho também demonstrou apoio e rasgou elogios ao novo comandante da seleção brasileira masculina.
“Além de ser um grande treinador, é um cara que entende tudo. É um amigo, um irmão. Vai ter meu apoio incondicional. O Renan é um cara brilhante. Tenho certeza de que a seleção brasileira será melhor com ele do que comigo”.
Bernardinho esteve à frente do time masculino durante 16 anos, período em que conquistou duas medalhas de ouro e duas de pratas nas Olimpíadas, além de três títulos mundiais e sete conquistas da Liga Mundial.
Sobre sua saída, o treinador entendeu que estava na hora de o vôlei nacional se renovar. “Ninguém é dono de nada. Fiquei muito tempo no cargo. É importante que se abra espaço, que se crie novas possibilidades. É um estímulo até para os próprios jogadores”, afirmou.
Renan fez parte da “Geração de Prata” do vôlei brasileiro, como ficou conhecida a equipe vice-campeã dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Ele também foi técnico de clubes no Brasil e na Itália, mas nos últimos anos ocupou o cargo de diretor de seleções de quadra da CBV.